O ministro da educação Abraham Weintraub divulgou um vídeo em seu Twitter no sábado 11, defendendo a ação do governo de distribuir livros gratuitamente a estudantes de escolas públicas, mas reiterou que as obras não terão ideologia e doutrinação. “É para ensinar a ler, escrever, ciências, matemática, não é para doutrinar”, afirmou.
Segundo o ministro, o MEC tem um custo anual de aproximadamente R$ 2 bilhões anuais para 165 milhões de livros didáticos. Em mensagem publicada junto com a gravação, escreveu: “livro didático no governo Jair Bolsonaro: mais barato e sem ideologia política ou de gênero”.
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“Todo esse dinheiro compensa a gente gastar? Compensa, porque, se as famílias forem comprar individualmente os livros, vai sair muito mais caro. O mesmo livro que nós distribuímos ao custo para o contribuinte 10 reais, se nós formos comprar individualmente em uma livraria, vai sair 100 reais. O mesmo livro. Então, para todos nós, para a sociedade, gera economia”, afirmou no vídeo.
Na última semana, o presidente Jair Bolsonaro se referiu aos livros didáticos atuais como “lixo” e disse que seu governo deve modificar o material distribuído nas escolas a partir de 2021 para “suavizar o conteúdo”.
“A partir de 2021, todos os livros serão nossos, feitos por nós. Os pais vão vibrar. Vai estar lá a bandeira do Brasil na capa. Vai ter lá o hino nacional. Os livros hoje em dia, como regra, são um montão de amontoado de muita coisa escrita. Tem que suavizar aquilo. Falar em suavizar, estudei na cartilha ‘Caminho Suave’, você nunca esquece. Não esse lixo que, como regra, está aí. Essa ideologia de Paulo Freire”, disse Bolsonaro ao sair do Palácio da Alvorada.