Você sabe por que você sente dor? Por Juliana Barcellos de Souza.

Por Juliana Barcellos de Souza.

A dor é um experiência universal, acomete o ser humano em todas as fases da vida.

Provavelmente, você aprendeu, desde pequenino, que a dor aprece depois de uma lesão, uma queda, uma queimadura.

A dor é importante para a proteção do nosso corpo.

Com as experiências dolorosas a gente se adapta e aprende a evitar situações que podem causar dor.

Por exemplo: olhar para os lados antes de atravessar a rua.

Ninguém em sã consciência vai querer sofrer a dor de um acidente.

Mas, você sabia que existem vários tipos de dor? 

Você talvez conheça alguém que sofra com uma dor crônica.

Aquela dor persistente, que as pessoas consultam muitos profissionais de saúde e as vezes procuram por anos para saber “o que eu tenho?” Qual o diagnóstico.

Assim como a dor da lesão, essa dor também induz a várias mudanças de comportamento,

em busca de alívio ou de reduzir a exposição a situações potencialmente dolorosas, as pessoas acabam se isolando.

Mas, o maior problema é que essa dor não tem mais função de proteção do corpo!

Essa dor crônica é considerada uma doença em si.

Se compararmos a dor aguda de um machucado com um sinal de alarme. 

Poderíamos dize que na dor crônica o alarme está estragado.

O alarme que dispara “simplesmente” do nada.

Ou seja, só funciona para atrapalhar a nossa concentração, nosso sono, nossa paz.

A dor crônica não está associada a presença de lesão ou de risco a integridade do corpo.

A dor crônica acontece por alterações neurofisiológicas, neuroendócrinos e neuropsicológicas.

É como se houve um curto circuito nas vias neuronais do nosso cérebro.

A dor crônica é como aquele alarme estragado que parece existir só para atrapalhar o sono, a memória, a concentração, … essa dor perdeu totalmente a função de proteção. Ao contrário, essa dor é uma agressão!  

O alarme dispara e assusta, congela, isola.

A pessoa evita movimentos, encontro com os amigos… por medo de da dor.

Com a dúvida: será que não tenho lesão grave escondida?

Na grande maioria das vezes a pessoa não tem nem uma pequena lesão. Outras vezes, tem lesões que não justificam tal tipo de dor.

O grande perigo da dor constante é que ela causa medo e insegurança.

A pessoa com dor tende a evitar movimentos com as partes do corpo que doem, e em pouco tempo, além a dor, essas pessoas ficam fracas (atrofiadas).

Muscularmente fracas, com equilíbrio e coordenação prejudicados.

E…  a dor permanece ali, igual a antes, persistente, intensa, incapacitante e assustadora.

No protagonismo em saúde, acreditamos que temos que entender porque sentimos esse tipo de dor para saber como aliviar a dor. 

Quem tem dor persistente, às vezes, sofre tanto, que acha que está sozinho, acredita ser a única pessoa a sentir tanta dor assim. Essa sensação de solidão é tão triste quanto viver com dor. E o pior, a pessoa não está sozinha, não é a única!

A dor crônica é um problema mundial de saúde pública, acomete muitas pessoas em todo o planeta, crianças, adultos, idosos. No mundo a dor crônica é conhecida por essa”peregrinação” em busca de tratamento. Inúmeras consultas, muitos exames, vários medicamentos, diversos tratamentos com fisioterapeuta, psicólogo e muitos outros profissionais.

As histórias costumam ser de longa busca por ajuda, mas dores são reais!  São únicas!

Mesmo que não haja lesão, a dor está ali. Ninguém deve negar a sua dor, mas todos devem aprender a conhecê-la.

Saber que:
–  dói por um sistema de alarme estragado;

–  tem coisas que poriam, que mantém e que aliviam a dor. É importante identificar e ficar atendo a eles.

–  voltar a ativa, movimentar-se e trabalhar estão no caminho da melhora. Mas é importante ser progressivo e respeitar o seu nível

Lembrar que o corpo parado dói, atrofia.

O corpo humano precisa de movimento para conquistar saúde.

No protagonismo da sua saúde é preciso entender o seu corpo,  perceber os sinais e sintomas que ele te dá.

Quem sofre com dor crônica, as vezes, até parece ter dúvida da sua própria percepção.

Será que estou mesmo sentindo dor?

Será que não estou imaginando coisas?

Não duvide da sua dor, acolha, coloque-a embaixo do braço e parta em busca de conhecimento e aprendizado para aliviar e viver melhor!

Seja o protagonista!

Assista à coluna da fisioterapeuta Juliana Barcellos de Souza no JTT-A Manhã Com Dignidade no vídeo abaixo:

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