O presidente da Bolívia, Evo Morales, realizou nesta segunda-feira (23) uma visita oficial a Cuba durante a qual defendeu junto a seu colega cubano Miguel Díaz-Canel, o fortalecimento das relações bilaterais e a ampliação da cooperação em diversas áreas.
Morales é o segundo presidente que visita a ilha desde a eleição de Díaz-Canel no último dia 19 como presidente dos conselhos de Estado e de Ministros, cargos nos quais substituiu o líder revolucionário Raúl Castro.
Segundo o presidente boliviano, sua viagem a Cuba tem como um dos principais objetivos impulsionar o processo de integração na América Latina e Caribe.
Tratamos diversos temas de caráter comercial e em matéria de integração, para retomar a agenda da Aliança Bolivariana para os Povos de Nossa América e a Comunidade de Estados Latino-americanos e Caribenhos, disse Evo à imprensa depois de homenagear o Herói Nacional cubano, José Martí, em seu memorial.
Morales visitou ao lado de Díaz-Canel instalações do Centro de Engenharia Genética e Biotecnologia de Havana.
Ali o presidente boliviano conheceu os avanços científicos em Cuba e o desenvolvimento da indústria biotecnológica, concebida também para atender as demandas internacionais.
Depois, em coletiva de imprensa, referiu-se ao seu encontro com Díaz-Canel, afirmando que é um presidente democraticamente eleito e não necessita de nenhum reconhecimento de poderes estrangeiros.
Morales expressou sua confiança em Díaz-Canel, desejou êxitos em sua gestão e reafirmou a amizade que une os povos cubano e boliviano.
Ele voltou a agradecer a Cuba por sua solidariedade em matéria de justiça social, com programas de educação e saúde, entre eles a Operação Milagre, que devolveu a visão a mais de 700 mil bolivianos.
Por outro lado, afirmou que fará todo o possível para manter vivos os processos de integração na América Latina e Caribe, os quais considerou um mandato dos povos.
Em declarações à Prensa Latina, Morales se referiu à situação criada na União de Nações Sul-americanas (Unasul), bloco cuja presidência rotativa é exercida pela Bolívia, depois da decisão de Argentina, Brasil, Colômbia, Chile, Peru e Paraguai de suspender suas atividades na organização.
Vamos conversar com os presidentes desses seis países que momentaneamente suspendem sua participação, afirmou o presidente boliviano em um encontro com jornalistas.
Nesse sentido – acrescentou – serão feitos todos os esforços para chegar a um consenso e superar os problemas na Unasul.