Violência obstétrica a vulneráveis sociais: Mais um caso em Florianópolis

    #Atualização de sábado, 31/07, 12:00 h: A mãe recebeu alta hoje e saiu sem a criança. O Conselho retirou a criança do hospital à noite sem informar a mãe. E ainda não tem nenhuma informação sobre a situação legal da ação do Conselho.

    Enviado por email do Portal Desacato.

    “Há 3 dias, depois de 42 semanas de gestão, chegou pela manhã Suzy, a bebê mais esperada pela mamae Andrielle. Mas, infelizmente, a alegria durou muito pouco. Cinco horas depois, o Conselho Tutelar separa a criança da mãe. Andrielle é uma jovem que tem histórico em situação de rua. E com base nisso, tiraram a menina dela.

    Susy nasceu saudável, com 4.200 kg. Linda. A mãe cuidou da gestação. Foi apoiada por uma rede incrível e todxs estamos chocadxs. Porque não ofereceram um abrigo ou um aluguel social?! E que ficassem acompanhando. Em 2018, quando fui ao presídio feminino vi crianças lá. Estava sendo respeitado o direito de amamentação da criança. Porque não para Suzy? Ela tem uma madrinha que é assistente social, a Kaionara Dos Santos , que desde sempre disse que acolheria a criança. E eu faço parte da rede de apoio. Sempre estive por perto. Gabriel Amado passou todo trabalho de parto e nascimento ao lado da mãe. Porque não ouviram ninguém? A quem interessa essa violência? A quem? Fazem isso desde a escravidão. Racismo. Racismo sim. Não vamos aceitar. O Estado tem obrigação de apoiar a mãe. Ela não está doando a criança. Nunca esteve. Ela precisa  dos direitos que tem para cuidar da filha: Trabalho, moradia, assistência social, saúde, creche. Tudo isso é direito constitucional. E cadê?.E não escutam ninguém porque não somos do ” sangue”. E para quem eles vão entregar a criança é? Conhecem a história da mãe? Da luta dela esperando essa criança? Não aceito. E uma mãe pobre, jovem, negra, sozinha na maternidade depois que fez uma cesárea e sem a filha nos braços, não merece o nosso silêncio. Não merece. A advogada que chegou cedo no hospital é Iris Gonçalves Martins .E vamos lutar!  Essa criança é da nossa aldeia. É do nosso Quilombo. E como diz o ditado africano” é preciso uma aldeia para educar uma criança”. Se nós estamos dizendo que vamos cuidar, o estado racista que nos respeite.

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    Basta! Tirem as mãos das nossas crianças.
    Simboraaaaa.
    Devolvam a Susy para a Andrielle!”

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