Redação
Na semana passada o secretário de atenção primária à saúde do Ministério da Saúde, Rafael Câmara Parente, lançou a caderneta da gestante do Governo Federal. Essa caderneta trás procedimentos que não são recomendados por especialistas da área. Incentiva práticas para acelerar a saída do bebê como empurrar a barriga da mãe (manobra de Kristeller) e o corte vaginal (episiotomia).
A coluna Informa Luta, do jornalista Sérgio Homrich, ouviu Natália Drulla Lied, mãe e doula (profissional responsável pelo acompanhamento da gestante durante todo o período de gravidez, parto e pós-parto). Segundo Natália, essa caderneta feita pelo Ministério da Saúde é um retrocesso e precisa ser recolhida e re-elaborada. Ela naturaliza a violência obstétrica e põe em risco a vida da mãe e do bebê.
Além dos procedimentos citados acima, a caderneta estimula a cesariana. Natália afirma que a cesária é uma cirurgia que deve ser utilizada quando a vida da mãe e do bebê estão em risco, ela salva vidas. No entanto, não deveria ser utilizada de forma indiscriminada e sem dar explicações à mulher sobre o motivo de estar sendo feita.
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