Violência no Rio, escolas e universidades fechadas e os pronunciamentos de Lula e Flávio Dino

Os ataques ao transporte público do Rio de Janeiro, realizados por milicianos na tarde e noite de segunda-feira (23), deixaram mais de 13 mil alunos sem aulas entre a noite de segunda e a manhã desta terça-feira (24).Segundo a Secretaria de Estado de Educação, 12 unidades suspenderam as aulas noturnas nas áreas afetadas pelos ataques, afetando cerca de 2,9 mil alunos.

Nesta terça-feira, nenhuma escola estadual foi fechada, segundo a secretaria, mas há baixa adesão de alunos. A pasta afirma que a direção das unidades escolares possui autonomia para tomar as providências necessárias visando preservar a integridade física de  alunos, professores e funcionários.

Portões fechados

Na rede municipal, chega a 24 o número de unidades escolares que não abriram nesta terça-feira. Apesar disso, há atendimento remoto, segundo a Secretaria Municipal de Educação do Rio. O número de alunos afetados pela suspensão das aulas presenciais é de aproximadamente 10,5 mil.

Criminosos atearam fogo em 35 ônibus e até na cabine de um trem da Supervia entre a tarde e a noite de segunda-feira, após uma operação policial ter resultado na morte de uma das lideranças da milícia que atua na zona oeste do Rio.

A onda de crimes também afetou as universidades públicas federais e estaduais localizadas na região metropolitana do Rio de Janeiro.

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva se manifestou sobre o ocorrido, defendeu “compartilhar as soluções dos problemas dos estados com o governo federal” para frear a onda de violência que atinge o estado.

Nesta terça-feira (24), o ministro da Justiça e Segurança Pública, Flávio Dino, conversou com a imprensa sobre o reforço da segurança Federal no Rio de Janeiro. Dino explicou como o aumento da inteligência da Polícia Federal do Rio será feito e comentou as atuações das forças nacionais e o possível ingresso das Forças Armadas com um papel complementar que está em debate no governo federal. “Nós não podemos e não vamos substituir o papel do governo do estado do Rio de Janeiro em respeito à Constituição. E a diretriz do presidente Lula é aumentar esse apoio, quem sabe até, com uma decisão nos próximos dias, com a participação das Forças Armadas para nos ajudar nesse trabalho complementar”.

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