Por Rosângela Bion de Assis, para Desacato.info
Foto: Luca Gebara
O emblemático fundador do MST em Santa Catarina, Vilson Santin, que ousou deixar o gabinete de deputado, há 22 anos, para morar numa ocupação de terra com sua família, avaliou a atual conjuntura e deu um firme recado no vídeo abaixo.
Santin falou do legado de 30 anos do PT que “custou vidas e lágrimas”. “É fundamental fazer a autocrítica. O partido abandonou a formação política, virou as costas para os Movimentos Sociais (…) e agora, uma quadrilha ocupou o Planalto, com medidas assassinas. As pessoas vão morrer nas filas de saúde, de fome.”
Segundo Santin “houve reformas estruturais que o PT tinha a obrigação de fazer no governo e não encaminhou.”
O dirigente do MST diz que mesmo assim “não há rancor”. Mas “o governo enfraqueceu a Classe Trabalhadora, mantendo alianças que fez pela ‘gobernabilidade’. “Nós choramos de ódio quando, no 17 de abril de 2016, data dos 20 anos do massacre de Eldorado dos Carajás, se iniciou o impeachment.”
Por fim, Vilson Santin chamou à união dos brasileiros e brasileiras contra as medidas golpistas. “O Povo está descontente, nosso papel (do MST) é sermos o estimulador das lutas dos trabalhadores e da organização social.
Santin fez estas afirmações num encontro interno de uma nova corrente política do PT, de inspiração socialista e popular, que se reuniu no Plenarinho, Paulo Stuart Wright, da Assembléia Legislativa de Santa Catarina.
Confira vídeo da entrevista realizada pelo jornalista Raul Fitipaldi, com Vilson Santin: