Por Wilson Lima*.
Dois vídeos divulgados essa semana mostram os locais onde supostamente militantes de esquerda foram incinerados e mortos pelo ex-delegado do DOPS (Departamento de Ordem Político Social) do Espírito Santo, Cláudio Guerra. Os cemitérios clandestinos são citados por Guerra no livro “Memórias de uma guerra suja”, cuja primeira cópia foi obtida com exclusividade pelo iG.
[stream provider=youtube flv=http%3A//www.youtube.com/watch%3Fv%3DJfMwFZLTYwM img=x:/img.youtube.com/vi/JfMwFZLTYwM/0.jpg embed=false share=false width=600 height=360 dock=true controlbar=over bandwidth=high autostart=false /]
Um dos cemitérios apontados por Guerra é uma mata fechada próxima à Belo Horizonte, onde ocorreu a execução do integrante do Partido Comunista Brasileiro (PSB), Nestor Veras, desaparecido desde abril de 1975. Segundo Guerra, Veras foi executado neste matagal. “Ele estava muito quebrado. O braço estava fraturado. Eu tinha uma determinação: o corpo não poderia aparecer”, diz Guerra. “Eu dei um tiro de misericórdia, ele estava morrendo mesmo”, complementou.
O outro vídeo mostra os fornos da Usina Cambahyba, em Campos dos Goyatacazes, no Rio de Janeiro, onde militantes de esquerda supostamente foram incinerados. Guerra é acompanhado por um homem que se diz funcionário do local. A visita aconteceu dia 17 de abril, ao lado de membros da Polícia Federal (PF) e do advogado criminalista Antônio Carlos de Almeida Castro, o Kakay. Neste forno, pelo menos dez militantes de esquerda foram incinerados conforme o depoimento de Guerra.
[stream provider=youtube flv=http%3A//www.youtube.com/watch%3Fv%3DMt3SSHwpqXo img=x:/img.youtube.com/vi/Mt3SSHwpqXo/0.jpg embed=false share=false width=600 height=360 dock=true controlbar=over bandwidth=high autostart=false /]
O suposto assassinato de militantes de esquerda no Rio de Janeiro está sendo alvo de um inquérito criminal impetrado pelo Ministério Público Federal (MPF). Em Minas, o prefeito de Belo Horizonte, Marcio Lacerda (PSB), disse ser favorável à uma investigação sobre o desaparecimento de militantes de esquerda na capital.
*IG, Brasília.
É verdade. Como podemos entrar em contato com eles? O blog e a página de Facebook estão desatualizadas. Se tu tiveres material é só mandar para [email protected]. Obrigada!
Através do Coletivo Catarinense pela Memmória Verdade e Justiça, eu penso que teriam acesso a mais notícias sobre isto e mais críticas do que só dar a notícia