O general Pazuello guarda uma semelhança notável com o ditador João Figueiredo em matéria de truculência e gosto por cavalos e jumentos.
Na coletiva de hoje para falar sobre o plano de vacinação, distribuiu pernada a três por quatro em repórteres mulheres.
Com a faca no pescoço graças à incompetência, colhendo mortos e tendo o STF a lhe cobrar explicações, inventou que o Ministério da Saúde orienta “atendimento precoce” e não “tratamento precoce”.
É coisa de advogado para se precaver contra as ações que vai enfrentar pelos crimes na pandemia.
Perdeu as estribeiras quando uma jornalista lhe questionou sobre a cloroquina e disse que ele nunca indicou o remédio contra a covid-19.
“O ministério não tem protocolos”, falou.
Pazuello surtou com a pergunta sobre a cloroquina. pic.twitter.com/hbbHAE29WP
— Maurílio Júnior (@1mauriliojunior) January 18, 2021
Ainda tirou a máscara para “ouvir melhor” (sim, é isso mesmo que você leu).
É mentira.
Pazuello assumiu o cargo em maio de 2020 e uma de suas primeiras tarefas foi avalizar um protocolo para o uso da droga que é vendida de maneira obsessiva pelo chefe Jair Bolsonaro.
No site, os pacientes podem tomar, entre o primeiro e o 14º dia, hidroxicloroquina associado à azitromicina. A orientação valeria para todos os casos (leves, moderados e graves), observadas as especificações de dosagem.
Em meio à falta de leitos e de oxigênio em Manaus, ele montou e financiou uma força-tarefa com médicos defensores do “tratamento precoce” nas Unidades Básicas de Saúde.
A ideia era disseminar cloroquina, ivermectina e outras medicações ineficazes contra o coronavírus.
Pazuello está frito e resta esperar que entregue o manda-chuva quando tiver que pagar a conta.