Por Plínio Teodoro, Revista Fórum.
Os jornalistas Bruno Tavares, Patrícia Marques e Jorge dos Santos, do Jornal Nacional, da TV Globo, tiveram acesso ao cofre da Receita Federal no aeroporto internacional de Guarulhos, em São Paulo, e divulgaram imagens e detalhes do conjunto de joias o valor de R$ 16,5 milhões (3 milhões de euros) que foi apreendido e, segundo o ex-ministro de Minas e Energia, Bento Albuquerque, teria como destino Michelle Bolsonaro.
O conjunto de joias, dado de presente pela ditadura da Arábia Saudita ao governo Jair Bolsonaro em outubro de 2021, está dentro de uma caixa de couro revestida de veludo.
Os objetos foram produzidos pela marca suíça Cartier e a caixa é aberta por uma chave que fica dentro de um envelope em poder da Receita Federal.
O conjunto impressiona. O colar foi produzido em ouro branco com dezenas de pingentes cravejados em diamantes. Junto com ele há um par de brincos, um anel e um relógio de pulso no mesmo estilo, feitos em outro branco e cravejados com diamantes.
A peça é única e foi produzida sob encomenda pela joalheria suíça. Veja o vídeo.
Mais de 19 mil ítens
Via Lei de Acesso à Informação (LAI), a Folha de S.Paulo obteve a lista dos 19.470 ítens incorporados ao acervo pessoal de Jair Bolsonaro nos 4 anos em que esteve na Presidência.
Boa parte dos “presentes” foram levados pelos caminhões de mudança que desocuparam o Palácio da Alvorada no final de dezembro.
Além de 44 relógios e 74 facas, Bolsonaro ganhou 448 camisetas de futebol e 245 máscaras de proteção facial, objeto que ele desprezou durante a pandemia do coronavírus.
Na lista, há ainda 20 páginas apenas com presentes que Bolsonaro recebeu de países árabes.
O documento não possibilita saber, no entanto, o valor e as marcas dos objetos doados.
