Um busto do presidente Evo Morales, que ficava na praça em frente ao Centro Poliesportivo Quillacollo, no departamento de Cochabamba, foi destruído ontem, segunda-feira (13).
O autor do ato de vandalismo foi o próprio ministro dos Esportes do governo golpista da Bolívia, Milton Navarro, que usou um martelo para destruir o monumento.Apesar de afirmar que sua ação contava com o respaldo da população, a verdade é que havia pouco mais de dez apoiadores no local, número inferior à quantidade de jornalistas que cobriram o evento.
Segundo o ministro, “todos os campos esportivos que foram construídos com dinheiro de todos os bolivianos, não podem seguir exibindo o nome ou a figura de um presidente que nosso governo e todos os bolivianos consideram um delinquente e que hoje é um fugitivo da Justiça”. A decisão, como se nota na declaração, também inclui mudar os nomes dos estádios e ginásios que foram batizados com o nome do ex-presidente.
A reação de Evo Morales, que se encontra em asilo político na Argentina, veio através de uma mensagem nas redes sociais: “não poderão destruir todas as milhares de obras que fizermos com e para o povo boliviano. A memória seguirá viva”.
Evo Morales foi presidente da Bolívia entre 2016 e 2019. Foi derrubado por um golpe de Estado no dia 10 de novembro de 2016, e desde então passou a ser perseguido pelo regime da ditadora Jeanine Áñez que assumiu o poder sem o apoio do Congresso, mas graças à pressão das Forças Armadas.