Vereadores vão à Escola Elza Pacheco e pedem suspensão de palestras sobre diversidade de gênero

    Enquanto as crianças brincavam no intervalo da manhã, a sala de aula de número 15 da Escola Elza Pacheco reunia coordenação, professores e sete vereadores para debater sobre o rumo das palestras sobre diversidade do projeto pedagógico Festival de Cinema.

    A polêmica começou quando o vereador Marcos da Rosa (DEM) fez a moção de repúdio na Câmara contra um dos temas dos ciclos de debates programados para os dias 14 e 16 de novembro sobre diversidade de gênero. O pedido foi aprovado pela Câmara na terça-feira, 24.

    Durante quase uma hora e meia os vereadores ouviram o posicionamento da escola e oficializaram o pedido de remoção do termo “diversidade de gênero” da programação. Segundo o presidente da Câmara de Vereadores, Marcos da Rosa, o assunto não deve ser abordado por “não haver amparo científico”.

    Na saída, o vereador Alexandre Caminha (PROS) disse que “ideologia é completamente diferente de diversidade”. Além dele, estavam presentes Ito de Souza (PR) e o professor Gilson (PSD) que votaram a favor do Festival de Cinema. Ricardo Alba (PP), Oldemar Luiz Becker (DEM) e Almir Vieira (PP) também participaram da reunião para reiterar o posicionamento contrário.

    Ainda não se sabe se as palestras que encerram o Festival vão mesmo acontecer. O professor de História e idealizador do projeto, Maicon Roberto Poli de Aguiar, explica:

    “Vamos continuar dialogando com a comunidade escolar, com a Secretaria Estadual de Educação e Câmara de Vereadores para chegar a uma conclusão. Agora também estamos preocupados com a segurança dos alunos com a proporção que essa história tomou”.

    Durante todo o ano letivo os alunos tiveram a oportunidade de assistir produções audiovisuais sobre diversidade religiosa, cultura afro-brasileira, cultura do Oriente Médio, cultura indígena e diversidade de gênero.

    Em julho os pais foram convidados para assistirem as produções feitas pelos estudantes sobre o tema diversidade. Segundo o professor, exceto dois pais que se manifestaram no Facebook, a comunidade escolar entende a necessidade de dialogar sobre as diferenças que existem na sociedade.

    Em artigo, professor e escritor Maicon Tenfen defendeu o evento e explicou que há décadas se discute diversidade em sala de aula.

    Fonte: Município de Blumenau. 

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