Os presidentes da Argentina, Cristina Fernández; Uruguai, José Mujica e Brasil, Dilma Rousseff formalizaram nesta terça-feira a entrada da Venezuela como membro pleno do Mercado Comum do Sul (Mercosul) na cidade brasileira de Brasília (centro).
Desde a data, o país sul-americano tem um prazo de até quatro anos para adaptar-se a todas as normas do comercial do bloco regional, de acordo com o estabelecido na véspera pelos chanceleres das quatro nações que integram o Mercosul em uma reunião que tiveram, prévia à Cúpula Extraordinária de Chefes de Estado.
A adequação da Venezuela às normas do bloco começa com a adoção da nomenclatura do organismo. Posteriormente, a nação deverá adotar a Tarifa Externa Comum do Mercosul.
Como último passo, ressalta a liberação tarifária da Venezuela em relação a seus novos sócios do Mercosul. Este processo poderia tardar devido a que o próprio bloco contempla possíveis diferenciações entre os países membros segundo seus respectivos graus de desenvolvimento.
A entrada da Venezuela foi aprovada pelos sócios do Mercado Comum do Sul e respaldada pelos Parlamentos da Argentina, Uruguai e Brasil, mas não se havia conseguido concretizar pela falta de ratificação do Congresso paraguaio dominado pelo partido direitista Colorado.
Segundo denuncias do próprio presidente venezuelano, e confirmada por autoridades brasileiras, representantes das câmaras do Congresso do Paraguai haviam pedido a delegados do Governo de Hugo Chávez uma grande quantidade de dinheiro para aprovar a entrada da Venezuela no bloco regional.
Paraguai foi suspenso temporariamente de participar dos encontros do bloco regional após a destituição de Fernando Lugo como presidente da nação sul-americana, por isso se considerou resolvido o obstáculo que freava a adesão da Venezuela.
No dia 29 de junho os países membros do organismo regional aprovaram a entrada de Caracas em uma cúpula de chefes de Estado realizada na cidade argentina de Mendoza (oeste).
Prévio à jornada desta terça-feira o presidente Hugo Chávez expressou que, com a entrada da Venezuela no Mercosul, o bloco passará a converter-se na quinta potência mundial ao concentrar um Produto Interno Bruto (PIB) regional superior aos 3,3 bilhões de dólares.
Chávez acrescentou que com a incorporação venezuelana o Mercosul se abre “a uma gigantesca porta, a do Orinoco e se incrementa o território, o PIB e a população agora será de 270 milhões de habitantes (…) Mercosul agora é Caribe”.
A notícia é da TeleSUR
Fonte: http://www.adital.com.br/
Foto: Reuters.