Assinado em 2000, o Convênio Integral de Cooperação entre Cuba e Venezuela completou 14 anos de vigência, na última quinta-feira (30/10). Ao todo, são 56 projetos voltados para o desenvolvimento social dos dois países nas áreas de saúde, educação, esporte, cultura, agricultura, transportes e construção.
Mais de 40 mil cubanos trabalham em solo venezuelano que financia o apoio nas políticas sociais por meio do petróleo enviado para a ilha caribenha.
Na Vezenuela, a grande maioria dos cubanos integra o programa social Barrio Adentro, criado em 2003 e que presta cuidados sanitários aos venezuelanos de baixa renda. Por meio dele, mais de sete mil clínicas populares foram construídas, além de, aproximadamente, 600 Centros de Diagnóstico Integral e Salas de Reabilitação Integral e mais de 20 Centros de Alta Tecnologia.
Na educação, grandes avanços também foram possíveis, dada a aplicação da Missão Robinson, também em 2003, cujo método educativo cubano “Eu posso sim” [Yo sí puedo], chegou aos lugares mais recônditos do país para oferecer a possibilidade de aprender a ler e escrever. Hoje o país é considerado território livre do analfabetismo pela Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco).
Avanços
Tais acordos colaboraram para que a Venezuela fosse uma das economias que mais se desenvolveram na América Latina na última década. Embora a inflação ainda seja alta, o país do ex-presidente Hugo Chávez (1954-2013), tornou-se a 4ª maior economia da América Latina, superada somente por Brasil, México e Argentina.
Em 2012, dados da Comissão Econômica para a América Latina e o Caribe (CEPAL) também indicam, por exemplo, que o país tem o menor índice de desigualdade do continente, com um coeficiente Gini de 0,394 (quanto mais próximo de zero, menor a desigualdade).
Foto: Reprodução/Brasil de Fato
Fonte: Brasil de Fato