A revolução bolivariana saiu vitoriosa no domingo (30), quando ocorreu a eleição dos parlamentares que irão compor a Assembleia Nacional Constituinte. O processo foi convocado pelo presidente Nicolás Maduro para redesenhar o Estado venezuelano e redefinir as regras para o exercício do poder no país.
A direita tumultuou todo o processo, tentou impedi-lo, e mais de 10 pessoas foram mortas em ações que promoveu só no dia da votação. Mas o povo enfrentou todas as ameaças com coragem e dignidade e, soberanamente, escolheu seus representantes para reelaborar a Carta Magna que vai aprofundar a democracia no país.
Nessa importante jornada, os venezuelanos enfrentaram a enorme e explícita tentativa de intervenção do imperialismo dos EUA que, com o apoio declarado de seus lacaios regionais – com destaque para os governos da Argentina, Brasil e México – capitaneou forte tentativa de intervenção nos assuntos internos da Venezuela, rejeitadas pelo governo de Nicolás Maduro.
A Venezuela enfrentou também o terrorismo interno que a oposição oligárquica e de direita promove há quatro meses para criar o caos social e econômico no qual pretende navegar para depor o governo democrático e popular que luta pelo socialismo do século 21. Desde abril, as ações criminosas da oposição direitista já deixaram mais de 120 mortos.
O povo da Venezuela quer a democracia, a paz e a normalidade de volta para suas vidas, e manifestou essa vontade nas urnas neste domingo com mais de 8 milhões de votos.
“Eu voto pela paz”, disse Nicolás Maduro ao exercer seu direito cívico. “Quis ser o primeiro voto pela paz, a independência, a soberania e pela tranquilidade futura da Venezuela.” E reiterou sua disposição para um diálogo com a oposição em torno de uma saída democrática para a crise provocada pela direita.
Não teve êxito, e o principal dirigente direitista, Henrique Capriles, já declarou não reconhecer o processo constituinte, e convocou novas manifestações de confronto com o governo legítimo.
O povo venezuelano ultrapassou, vitorioso, o desafio deste domingo, e votou pela continuidade da revolução bolivariana. Venceu esta etapa na luta contra o imperialismo e a direita oligárquica de seu país e do continente. Saiu fortalecido para continuar a luta, que não terminou. Mas continuará, depois deste domingo, com a determinação manifestada nas urnas rejeitadas pelos que se proclamam “democratas” mas defendem o fascismo, a oligarquia, os privilégios e a subordinação ao imperialismo chefiado pelos EUA.