A pesquisa mostra que a população tendencialmente acredita na política, mas não crê em partidos. Além disso, a comunidade reconhece a importância da coletividade, mas almeja crescer individualmente; busca transformações, mas é pouco afeita a rupturas; anseia por novas idéias, mas é também pragmática.
O relatório mostra que esse novo caldo cultural exigirá renovações tanto na forma como se realiza a política partidária, assim como no conteúdo das políticas públicas que se implementam. “Este cenário de descrédito da política, compreensão do Estado como máquina ineficaz, somada à valorização da lógica de mercado e a ideologia do mérito abrem espaços para candidatos e projetos como o do João Doria ‘um não político, gestor trabalhador que ascendeu e, por isso, não vai roubar'”, aponta a conclusão do relatório.
“A mistura entre valores do liberalismo, do individualismo, da ascensão pelo trabalho e do sucesso pelo mérito, com valores mais solidários e coletivistas relacionadas à atuação do Estado, à ampliação da inclusão social, permeiam a visão de mundo e o imaginário dessa nova classe trabalhadora das periferias de São Paulo”, diz a pesquisa.
Ouça a entrevista do professor William Nozaki, um dos autores da pesquisa, à Rádio Brasil Atual:
Fonte: Rede Brasil Atual.