A tropa de choque da Polícia Militar, subordinada ao governador Ratinho Junior (PSD), informou que vai invadir nos próximos momentos a Assembleia Legislativa do Paraná (ALEP).
As professoras são em maior número, portanto as mulheres podem ser a principal vítima de violência da PM.
Na noite de ontem, uma juíza plantonista concedeu liminar de reintegração de posse da ALEP inclusive, se preciso, utilizando da força contra os manifestantes.
Além da desocupação à força, a ALEP planeja realizar a sessão de votação da reforma da previdência em lugar escondido e longe do público.
A base de apoio do governador Ratinho usa a mesma tática que usou em 2015, sobre o mesmo tema, na gestão de Beto Richa (PSDB). O resultado foi o massacre de 213 servidores no Centro Cívico, mas, do ponto regimental, a sessão escondidinha não teve validade legal.
Pensando bem, por que Ratinho não chama o Delegado Fernando Francischini (PSL-PR) para mediar a situação?
Abaixo, leia a íntegra do despacho da APP-Sindicato:
Presidência da ALEP pede retirada a força de servidores
Em decisão “a jato”, justiça concede reintegração a presidência da casa
Após uma tarde marcada pelo autoritarismo do presidente da Assembleia Legislativa do Paraná, também chamada de “a casa do povo”, o judiciário paranaense determinou a saída dos manifestantes da ALEP e autorizou o uso da força policial.
A direção da APP-Sindicato foi notificada da decisão da Juíza Substituta Rafaela Mari Turra por das 22h30 desta terça (3), menos de 3 horas após o pedido ser protocolado no plantão judiciário.
“Infelizmente vemos o autoritarismo do governador Ratinho, do legislativo e também do judiciário que demora anos para julgar ações dos trabalhadores, mas corrobora com as arbitrariedades do governo”, afirmou Hermes Leão, presidente da APP-Sindicato que repudiou a atitude da mesa diretora da ALEP ao tentar impedir a entrada dos servidores.
Cerca de 200 pessoas ocupam o prédio da ALEP. Educadores decidiram em assembleia na tarde desta terça pela continuidade da greve e marcaram nova reunião para a tarde desta quarta (4).
O objetivo dos servidores é que o governador Ratinho retire os projetos que alteram a previdência estadual e dialogue com as categorias. Porém o governo se nega a negociar e pretende aprovar as propostas o mais rápido possível. “O governo quer reduzir salários, aumentar descontos e tempo de serviço dos servidores sem qualquer diálogo e debate. Não podemos aceitar isso pacificamente”, finaliza Hermes.
Os advogados dos sindicatos dos servidores e as direções sindicais ainda analisam os efeitos da decisão.