O plenário do Senado prepara-se para rejeitar o afastamento do senador Aécio Neves (PSDB-MG), decidido nesta terça-feira (26) pela Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal.
Os parlamentares afirmam que o STF não tem prerrogativas para afastar congressistas eleitos pelo voto direto, pois, segundo eles, isso abriria um precedente muito perigoso.
Os senadores alegam ainda que o Supremo pode levar até sete anos para julgar o mérito dessa decisão, o que, de acordo com eles, causaria uma lesão impossível de ser reparada caso Aécio futuramente fosse absolvido.
Entretanto, foi o próprio Senado quem abriu esse perigoso precedente ao autorizar, por 59 votos a 13 e uma abstenção, em novembro de 2015, a manutenção da prisão do ex-senador Delcídio do Amaral (Sem partido).
O STF determinou o afastamento de Aécio do mandato e seu recolhimento durante o período noturno. A decisão atendeu a uma medida cautelar pedida pela Procuradoria-Geral da República (PGR) no inquérito em que o tucano foi denunciado por corrupção passiva e obstrução de Justiça, com base nas delações premiadas da empresa J&F.
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Fonte: Blog do Esmael.