Docentes das instituições e institutos federais, além de algumas universidades estaduais, defendem pauta própria e também somarão forças na mobilização nacional em defesa do serviço público.
As universidades federais prometem parar no dia 18 de março, data em que o serviço público do país também agenda uma mobilização nacional. Além de engrossarem o coro à pauta das demais categorias do funcionalismo — que deve passar por uma reestruturação com a reforma administrativa —, docentes das instituições de ensino organizam um movimento por reivindicações próprias: contra a defasagem salarial e a precarização do ensino (superior e nos institutos federais).
Durante o 39º Congresso do Sindicato Nacional dos Docentes das Instituições de Ensino Superior (Andes-SN), realizado no último dia 7, os profissionais do setor deliberaram um plano de lutas e a construção da greve em 18 de março.
Aqui no Rio, por exemplo, docentes de universidades como a UFF e a Unirio já decidiram pela paralisação. E a UFRJ definirá nos próximos dias, como explicou o presidente do Andes, Antônio Gonçalves.
Gonçalves declarou à coluna que a pauta da categoria já vem sendo defendida desde 2019. E que as instituições de Ensino Superior estão agonizando devido à falta de investimentos e de valorização dos profissionais.
“Protocolamos em março do ano passado, no MEC, essa pauta contra a precarização do nosso trabalho”, disse o sindicalista, que acrescentou: “Nossa carreira está desestruturada. Não temos um piso salarial, não temos data-base, e a gente não tem um índice, um ‘step’ entre um nível e outro da carreira. Nossa defasagem salarial é de 33%, pois desde 2016 aguardamos recomposição”.
O presidente da entidade levantou ainda a necessidade de abertura de concursos públicos nas universidades para repor cargos vagos. “Os docentes estão se aposentando no país todo e aí é uma sobrecarga de trabalho (para quem fica). Na Educação Superior a gente não faz só.