A Universidade Federal da Fronteira Sul vem a público responder a matéria intitulada “Racismo e xenofobia faz parte da realidade da UFFS, em Chapecó”, escrita pela estudante de jornalismo Jaine Fidler e publicada no Portal Desacato.
O racismo é estrutural na sociedade brasileira e reconhecemos que, infelizmente, também está presente em grande parte das instituições. Por isso, a UFFS trabalha com seriedade no enfrentamento ao racismo e xenofobia e acredita na inclusão ao ensino superior garantindo a representatividade de raças e etnias em todos os espaços, como uma das formas de enfrentamento a esses preconceitos.
Desde seu início, a UFFS foi pioneira em criar o Programa Prohaiti, em 2014, que, mais tarde, veio a tornar-se o Pró-imigrante, como um conjunto de serviços, projetos e ações articuladas às demais políticas institucionais e acadêmicas que visam o fortalecimento das condições de acesso, permanência e êxito nas atividades acadêmicas dos estudantes imigrantes da Instituição.
Desde então, centenas de estudantes passaram ou seguem estudando na UFFS, em diferentes cursos, não somente no Campus Chapecó como também nos campi Cerro Largo e Erechim, no Rio Grande do Sul, e Laranjeiras do Sul e Realeza, no Paraná. Até o momento, graduaram-se 13 (treze) estudantes, sendo que o primeiro egresso foi proveniente do curso de Agronomia e o mais recente do curso de Ciências da Computação. Além disso, há mais de 170 imigrantes com os cursos em andamento.
Esses programas são acompanhados institucionalmente via comissões locais nos campi em que há estudantes imigrantes matriculados, com representações de todos os campi. Em todas essas comissões, existe a representatividade discente, com titulares e suplentes, cuja participação nas reuniões é assídua. Além disso, a Instituição também tem promovido eventos institucionais para tratar da temática migratória, visando disseminar conhecimento por meio da divulgação de estudos e pesquisas, aproximar as pessoas que estudam o tema, promover a participação dos estudantes imigrantes nas ações que a eles se referem, esclarecer a comunidade interna e externa sobre esse tema, que está muito presente, especialmente, na região em que se situa o Campus Chapecó.
As políticas e ações institucionais vêm percorrendo um caminho contínuo, importante e consistente, e a Universidade Federal da Fronteira Sul segue comprometida, tanto no fortalecimento de suas políticas de ingresso, em não se furtar a discussão desses temas no ambiente acadêmico, quanto na busca de medidas cabíveis para as situações que possam ocorrer no espaço institucional.
No que diz respeito às denúncias, essas podem ser realizadas sem a revelação da identidade do denunciante em canais como “Ouvidoria”, “Coordenação Acadêmica” e, ainda, “Direção de Campus”, de modo a garantir o sigilo no encaminhamento das situações.
Em específico, sobre os casos citados pela reportagem, a Universidade Federal da Fronteira Sul já está tomando as providências institucionais e jurídicas necessárias, inclusive em termos de investigações que se fizerem necessárias. Contudo, ressalta-se que tal publicação se configura como um ataque a um Programa muito sério e respeitado, inclusive na comunidade haitiana, que oportuniza o acesso ao ensino superior, considerando peculiaridades dos candidatos imigrantes.
Reitoria da UFFS e Direção da UFFS – Campus Chapecó