Uma nova Fundação Cultural?

Com um orçamento ridículo deixado pelo prefeito anterior, a nova gestão da Fundação Cultural busca soluções para recuperar o setor

Por Giovanni Ramos 

A Fundação Cultural de Blumenau possui em 2013, um orçamento menor que o da Fundação Cultural de Jaraguá do Sul, município que possui uma arrecadação três ou quatro vezes menor que a nossa. A nossa estrutura para o setor perdeu nos últimos anos referências na cidade como o Casarão das Oficinas e a Escolinha de Artes Monteiro Lobato. A autarquia foi criticada diversas vezes por artistas e pela sociedade em geral, não tendo nenhum prestígio do então prefeito.

Este é o cenário que o novo presidente da Fundação Cultural, Sylvio Zimmermann Neto, encontrou no dia 2 de janeiro. E para reveter esse quadro, parcerias e muitas ideias precisarão ocorrer. E é essa a boa notícia. A autarquia já está se “mexendo”.

Levar os programas culturais para todas as regiões da cidade foi um pedido do prefeito Napoleão Bernardes (PSDB), garante Zimmermann. Como o orçamento é baixo e a equipe para trabalhar enxuta (a reforma administrativa tirou mais gente da casa), a Fundação busca parcerias com as secretarias de Educação e Turismo para alavancar os projetos.

Cultura e Turismo já fizeram uma reunião na sexta-feira. Em nota divulgada pela assessoria de imprensa, Zimmermann afirmou que uma agenda integrada de promoções turísticas e culturais e uma elaboração conjunta do material de divulgação e funcionamento dos museus é um dos focos a serem trabalhados.

 A formação cultural, que perdeu força com o fim do Casarão e da Escolinha de Artes, também está nos planos. A intenção é fazer uma parceria com a Secretaria de Educação, algo que deveria ocorrer sempre.

 Enquanto plajena 2013, Zimmermann e o diretor de Cultura, Ricardo Pimenta, conversam com os setores culturais, por meio dos conselheiros de Política Cultural eleitos pela sociedade civil.

 A escolha de Zimmermann como presidente já foi uma boa notícia. A partir do momento que o prefeito coloca alguém de sua confiança na Fundação, é que a autarquia possui uma importância para o governo. Diferente do governo anterior, que simplesmente entregou a pasta a uma legenda, que jogou uma suplente de vereadora, sem dar o suporte necessário.

Fonte: Controversas