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Havana (Prensa Latina) Das três nações do ocidente da África que têm o nome de Guiné, Guiné Bissau e Guiné Equatorial, esta última é a menor, com um território dividido em duas partes, uma continental com várias ilhas próximas, e outra formada pela maior das ilhas.
A zona dentro do próprio continente denomina-se Rio Muni, que se limita ao norte com Camarões, a oeste e sul com o Gabão e a oeste com as águas do golfo da Guiné, que se abre para o Atlântico. A ilha conhecia-se como Fernando Poo desde os tempos coloniais, a quem se atribui sua descoberta entre 1469 e1474. Juan Santaron e Pedro Escobar, navegantes portugueses, descobriram outras ilhas.
A parte continental possui pouco mais de 26 mil quilômetros quadrados, contando as ilhas Corisco, Elobey Chico, Annabón, Pagalu e outras menores com um total de 90 por cento do território nacional. A capital é Malabo.
A população é de origem bantu, constituída pelas etnias fangs, bubis, kombas, bujobas, annonobus, bojas e balengues, e assentam-se na zona costeira do continente e nos escolhos adjacentes. Há um último grupo chamado “fernandino”, assentado na ilha, que se considera descendente de antigos emigrados da América, desterrados durante as guerras de independência americanas.
Da história
A população autóctone da ilha de Fernando Poo foram os budis, enquanto os primeiros habitantes da parte continental estiveram compostos por fangs, bem como tribos e grupos étnicos procedentes do Gabão e dos Camarões.
Essa porção do continente viveu constantes expedições de portugueses, ingleses, holandeses, franceses e espanhóis em missões de conquista e rapina. Se na atualidade as atuais República de Guiné e Guiné Bissau foram colônias de França e Portugal, respectivamente, Guiné Equatorial foi posse da Espanha.
Isso ocorreu em 1778 por meio de um tratado com Portugal em troca de concessões territoriais na fronteira sul do Brasil, uma colônia lusa desde o século XV quando o navegante Pedro Alvarez Cabral desembarcou nas zonas costeiras da Bahia.
Posteriormente, membros da religião batista instalaram uma missão na ilha, que consideraram colônia britânica. A Grã-Bretanha, que tentava criar uma base contra os traficantes de escravos, em 1839 propôs a compra desses territórios, mas as negociações fracassaram.
Cinco anos antes, em 1834, a Coroa Britânica dispôs a abolição do comércio de escravos em suas posses coloniais. O desenvolvimento da Revolução Industrial e a consolidação do capitalismo determinou a conveniência de erradicar o sistema escravista.
Londres conseguiu estabelecer uma base naval em Freetown, capital de sua colônia da Serra Leoa na África Ocidental, para castigar aos que resistiam a cumprir a norma da soberana britânica. Na América e no Caribe, os donos de escravos e os traficantes tratavam de impedir que se aplicasse a lei.
Anos mais tarde, a França também apresentou reclamações sobre o território. Pelo Tratado de Paris de 1900 determinou-se que o Rio Muni ficasse sob domínio espanhol e estabeleceu-se uma nova partilha colonial junto a França.
A primeira grande partilha da África produziu-se na Conferência de Berlim (1884-1885), onde as principais metrópoles europeias se distribuíram o continente em zonas de influência para evitar conflitos intercolonialistas.
A ocupação espanhola era quase inexistente no continente africano, em 1914 mal chegava a uma faixa costeira de vinte quilômetros. A ocupação real produziu-se de 1926 a 1927, quando uma expedição militar marcou as fronteiras pelo leste e pelo sul.
Entre 1778 e 1968, os colonialistas impuseram péssimas condições aos guineanos de maneira que ainda na década de 1950 existiam emancipados, limitados e livres, uma variante da segregação escravista.
Para a independência
O caminho para a independência da cada uma das Guinés teve suas particularidades, demonstrando que a luta dos povos por sua liberdade não se manifesta de forma idêntica ainda que a opressão seja a mesma. Depende das condições territoriais, tradições históricas, caráter dos povos, inteligência e energia dos líderes, entre outros fatores. Na Guiné, em 1958, o carismático líder Ahmed Sekou Touré organizou o povo a votar negativamente num referendo convocado pelas autoridades de Paris para que o país aceitasse pertencer a uma comunidade de Estados dirigida pela metrópole.
A população votou contra a Comunidade com a França e pela independência absoluta e imediata. A 2 de outubro desse ano, proclamou-se a República.
Em Guiné-Bissau, a independência foi atingida mediante uma prolongada guerra de libertação dirigida pelo Partido africano para a independência de Guiné-Bissau e Cabo Verde (PAIGC), fundado por Amílcar Cabral. Em setembro de 1973 proclamou-se o Estado na zona libertada de Madina Boé.
Guiné Equatorial
Uma sessão das Cortes espanholas de 28 de novembro de 1963 decretou uma chamada Lei de bases, que aprovou um regime autônomo para Guiné Equatorial. Desde a constituição do governo autônomo desenvolveram-se lutas políticas entre partidos que ultrapassaram a esfera internacional e obrigaram a Espanha a reconsiderar suposição.
A ONU resolveu em1966 que um Comitê de 24 países interviesse ante a Espanha para a legalização da independência de sua colônia. A 12 de outubro de 1968, a Guiné Equatorial converteu-se em um Estado independente.
*Colaborador da Prensa Latina
jhb/rcw/cc
Una colonia española en África
Por Roberto Correa Wilson*.
De las tres naciones del occidente de Africa que tienen el nombre de Guinea, Guinea Bissau y Guinea Ecuatorial, esta última es la más pequeña con un territorio dividido en dos partes, una continental con varias islas cercanas, y otra formada por la mayor de las ínsulas.
La zona dentro del propio continente se denomina Río Muni, que limita al norte con Camerún, al oeste y sur con Gabón y al oeste con las aguas del golfo de Guinea, que se abre hacia el Atlántico. La isla se conocía como Fernando Poo desde los tiempos coloniales, a quien se atribuye su descubrimiento entre 1469 y1474. Juan Santaron y Pedro Escobar, navegantes portugueses, descubrieron otras islas.
La parte continental posee un poco más de 26 mil kilómetros cuadrados, contando las islas Corisco, Elobey Chico, Annabón, Pagalu y otras menores con un total del 90 por ciento del territorio nacional. La capital es Malabo.
La población es de origen bantú, constituida por las etnias fangs, bubis, kombas, bujobas, annonobus, bojas y balengues, y se asientan en la zona costera del continente y en los cayos adyacentes. Hay un último grupo llamado “fernandino”, con asiento en la isla, que se considera descendiente de antiguos emigrados de América, desterrados durante las guerras de independencia americanas.
De la historia
La población autóctona de la isla de Fernando Poo fueron los budis, en tanto que los primeros habitantes de la parte continental estuvieron compuestos por fangs, así como tribus y grupos étnicos procedentes de Gabón y Camerún.
Esa porción del continente vivió constantes expediciones de portugueses, ingleses, holandeses, franceses y españoles en misiones de conquista y rapiña. Si en la actualidad las que son la República de Guinea y Guinea Bissau, fueron colonias de Francia y Portugal, respectivamente, Guinea Ecuatorial fue posesión de España.
Eso ocurrió en 1778 por medio de un tratado con Portugal, a cambio de concesiones territoriales en la frontera sur de Brasil, una colonia lusitana desde el siglo XV cuando el navegante Pedro Alvarez Cabral desembarcó en las zonas costeras de Bahía.
Posteriormente, miembros de la religión bautista instalaron una misión en la isla, que consideraron colonia británica. Gran Bretaña, que intentaba crear una base contra los traficantes de esclavos, en 1839 propuso la compra de esos territorios, pero las negociaciones fracasaron.
Cinco años antes, en 1834, la Corona Británica dispuso la abolición del comercio de esclavos en sus posesiones coloniales. El desarrollo de la Revolución Industrial y la consolidación del capitalismo determinó la conveniencia de erradicar el sistema esclavista.
Londres logró establecer una base naval en Freetown, capital de su colonia de Sierra Leona en el Africa Occidental, para castigar a los que se resistían a cumplir la norma de la soberana británica. En América y el Caribe los dueños de esclavos y los traficantes trataban de impedir que se aplicara la ley.
Años más tarde, Francia también presentó reclamaciones sobre el territorio. Por el Tratado de París de 1900 se determinó que Río Muni quedara bajo dominio español, y estableció un nuevo reparto colonial junto con Francia.
El primer gran reparto de Africa se había producido en la Conferencia de Berlín (1884-1885), donde las principales metrópolis europeas se distribuyeron el continente en zonas de influencia para tratar de evitar conflictos intercolonialistas.
La ocupación española era casi inexistente en el continente africano, en 1914 apenas llegaba a una franja costera de veinte kilómetros de largo. La ocupación real se produjo de 1926 a 1927, cuando una expedición militar marcó las fronteras por el este y por el sur.
Durante el período 1778 a 1968, los colonialistas impusieron pésimas condiciones a los guineanos de manera que todavía en la década de 1950 existían emancipados, limitados y libres, una variante de la segregación esclavista.
Hacia la independencia
El camino hacia la independencia de cada una de las Guineas tuvo sus particularidades, demostrando que la lucha de los pueblos por su libertad no se manifiesta de forma idéntica aunque la opresión sea la misma. Depende de las condiciones territoriales, tradiciones históricas, carácter de los pueblos, inteligencia y energía de los líderes, y otros factores. ÂáEn Guinea, en 1958, el carismático líder Ahmed Sekou Touré llamó al pueblo a votar negativamente en un referendo convocado por las autoridades de París para que el país aceptara pertenecer a una comunidad de Estados dirigida por la metrópoli.
La población votó contra la Comunidad con Francia y por la independencia absoluta e inmediata. El 2 de octubre de ese año se proclamó la República.
En Guinea Bissau la independencia se logró mediante una prolongada guerra de liberación dirigida por el Partido africano para la independencia de Guinea Bissau y Cabo Verde (PAIGC), fundado por Amílcar Cabral. En septiembre de 1973 se proclamó el Estado en la zona liberada de Madina Boé.
Guinea Ecuatorial
Una sesión de las Cortes españolas del 28de noviembre de 1963 decretó una llamada Ley de bases, que aprobó un régimen autónomo para Guinea Ecuatorial. Desde la constitución del gobierno autónomo se desarrollaron luchas políticas entre partidos que trascendieron a la esfera internacional y obligaron a España a reconsiderar suposición.
La ONU resolvió en1966 que un Comité de 24 países interviniera ante España para la legalización de la independencia de su colonia. El 12 de octubre de 1968 Guinea Ecuatorial se convirtió en un Estado independiente.
*Colaborador de Prensa Latina.