Esse mapeamento inédito é de extrema importância, pois busca atuar em articulação para a sistematização de informações sobre os corpos, as práticas sexuais e as experiências dessa população.
Nem o censo do IBGE e nem a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua perguntam a orientação sexual ou a identidade de gênero das pessoas. Por isso, os dados oficiais existentes são limitados e insuficientes para estimar o número populacional e as características demográficas da população de lésbicas e sapatão.
Pretende-se, com esta pesquisa, alterar o cenário de subnotificações de crimes, de violação de direitos e da falta de políticas públicas específicas para lésbicas. Com os dados reunidos pelo LesboCenso, será possível estimar a prevalência das violências sofridas por essas mulheres e fortalecer estratégias de consolidação de redes para o enfrentamento às violências e para a garantia do acesso a direitos, bem como para o acolhimento e suporte desse grupo populacional.
Todas as lésbicas maiores de 18 anos residentes no Brasil podem responder. As voluntárias também poderão escolher participar da segunda etapa da pesquisa, composta por uma entrevista on-line com as pesquisadoras e organizadoras do mapeamento. O LesboCenso ressalta que todas as respostas são sigilosas e é garantido o anonimato das informações.
A pesquisa foi aprovada pelo Comitê de Ética em Pesquisa (CEP) da Universidade Positivo (UP), em Curitiba, Paraná, e seu preenchimento vai até março de 2022.
O LesboCenso Nacional é organizado por integrantes da Liga Brasileira de Lésbicas – LBL e da Associação Lésbica Feminista de Brasília – Coturno de Vênus, entidades nacionalmente reconhecidas pela ampla experiência no ativismo e no tratamento de dados em relação a essa população.
Para responder voluntariamente, acesse o site www.lesbocenso.com.br ou aponte a câmera do seu celular para o QR code (código de barras) em anexo.
Se você é lésbica ou sapatão, contamos com seu apoio no preenchimento e na divulgação.
A equipe do Lesbocenso Nacional e de Santa Catarina”