Esta semana começou o segundo semestre da UFSC de 2021 que seguirá até final de março de 2022. Será o quarto semestre da universidade cursado a distancia por conta da pandemia da Covid-19.
A pesar de que 95% da produção científica no Brasil decorre das instituições públicas, os cortes de investimento nas universidades federias somam 37% do orçamento. Dada a falta de recursos, a manutenção das universidades é prejudicada e o ensino remoto, implementado em uma situação excepcional, aparece como alternativa.
O ensino remoto é utilizado durante a pandemia para preservar vidas em uma população de milhares de pessoas que é a UFSC e seu entorno. No entanto, muitos estudantes e professores seguem com dificuldades de acesso e trabalhando sem uma estrutura adequada, além de um notável aumento de ansiedade e depressões. Segundo a professora Célia Vendramini, o ensino remoto não proporciona um ambiente adequado para o processo de ensino e aprendizagem.
No sentido de instalação do ensino a distância, a UFSC reformulou suas resoluções possibilitando disciplinas totalmente ou parcialmente virtuais. A nível nacional, o Ministério da Educação apresentou o Reuni Digital, proposta que vista a expansão de vagas em universidades publicas, mas totalmente a distância.
“Queremos uma expansão com qualidade”, diz a professora. Ensino remoto permanente significa abrir a universidade para o setor privado. Com isso, o investimento público passa a favorecer o setor privado e a interferir no processo formativo de pessoas e nas pesquisas desenvolvidas.
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