UFSC pode deixar de ser sede de treinamento para olimpíadas

    Por Mateus Boaventura e Gabriel Shiozawa.

    pista-olimpicaDepois de ser escolhida entre as 172 sedes de treinamento para as Olimpíadas de 2016, a UFSC ainda não iniciou as obras da pista de atletismo, que deveriam estar prontas no final do ano passado. De acordo com o Ministério do Esporte, a primeira parcela do pagamento para o início dos trabalhos foi paga em dezembro e a segunda parcela em janeiro, totalizando quase R$ 8 milhões em recursos para a construção.

    No entanto, até outubro deste ano, ocorreu apenas a compra do material – a execução da obra sequer foi licitada. O dia 17 de novembro é o prazo máximo para que a Universidade utilize os recursos repassados pelo Ministério do Esporte, sob pena de perder a verba. Dezembro é a data limite para que se prove ao Comitê Organizador dos Jogos Olímpicos e Paralímpicos Rio 2016 que as obras estão sendo realizadas, garantindo que o Centro de Desportos (CDS) siga entre os locais de treinamento.

    Há mais um prazo que não pode ser perdido, mas este não é referente a trâmites burocráticos: parte do material que será utilizado vence em junho de 2014. Os equipamentos para a construção da pista, comprados com a primeira parcela repassada pelo Ministério do Esporte, chegaram em julho deste ano.

    O piso é Sportflex Super X, utilizado para pistas de atletismo de alto rendimento. O material foi importado pela UFSC, com auxílio da Fundação de Amparo à Pesquisa e Extensão Universitária (FAPEU), de modo direto, já que o Sportflex é um produto que “não tem similaridade no mercado nacional”, segundo o projeto da pista. Para a instalação do material, serão utilizados adesivo de Poliuretano PU 100 e tinta de Hypalon – que são os produtos que devem ser instalados até junho de 2014. Desde que chegaram, os sete containers com os equipamentos esportivos estão estocados no ginásio 1 do Centro de Desportos.

    O objetivo da pista de atletismo é, além de fazer do CDS uma sede de treinamento e aclimatação para as Olimpíadas de 2016, transformá-lo num Centro de Referência e Excelência no Desenvolvimento do Esporte de alto rendimento. A ideia é fazer com que a UFSC ingresse na Rede CENESP (Centro de Excelência Esportiva), formada hoje por oito universidades federais e uma estadual. O plano prevê que “além de se tornar um polo de formação e treinamento do atletismo universitário e olímpico, [o CDS] será sede de inúmeros eventos esportivos universitários, municipais, estaduais, brasileiros e internacionais”.

    O documento original era para a construção de uma pista de atletismo oficial com oito raias e reta principal de dez raias – com uma raia interna 400 metros de comprimento e a externa 450 metros -, áreas de saltos em altura, saltos em distância e salto triplo, lançamento de dardo, lançamento de martelo, lançamento de disco e arremesso de peso. Também estava previsto que fosse erguida uma arquibancada, mas a ideia foi descartada porque o Ministério do Esporte não repassou verbas referentes à esta etapa e não há mais tempo para solicitação de dinheiro para a obra.

    Segundo o autor do projeto e diretor do Centro de Desportos, Edison de Souza, a primeira ideia é garantir as obras da pista de atletismo e apenas no futuro pensar na possibilidade de construção de arquibancadas.

    Fonte: UFSC online.

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