Por Lidiane Ramos Leal, para Desacato.info
Desde fins de 2012 a UDESC vem sofrendo crises e conflitos entre a Reitoria, professores, estudantes e trabalhadores. A última, acontecida nos últimos dias de março, desaguou numa ocupação espontânea que durou umas 48 horas e paralisou, em parte, as atividades da entidade de ensino estadual.
Depois da volta à normalidade por acordo a instâncias da intervenção da justiça, houve uma decisão conjunta que levou a uma Audiência Pública com o título: “Financiamento universitário e direitos estudantis” onde o Reitor e os estudantes expuseram seus pontos de vista. Nela estivemos presentes e conversamos com o Reitor, Antônio Heronaldo de Souza, nos seguintes termos.
Desacato: O senhor não acredita que a UDESC mereceria da parte do governo do Estado o mesmo tratamento econômico, que dá, por exemplo, à Assembleia Legislativa?
Antônio Heronaldo de Sousa: É, eu acho que a universidade merece uma quantidade de investimento maior.
D: Qual é o percentual de investimentos que recebem Esag, Ceart e Faed, respectivamente e por qual razão?
A.H.S: Eu não tenho esses números assim de cabeça, mas posso passar posteriormente. A pessoa talvez mais indicada para responder seja nosso pró-reitor de planejamento, eu não tenho esses números por cento de cabeça.
D: O recurso da iniciativa privada não prejudica a autonomia da universidade?
A.H.S: Se o recurso que vem é através de um convênio, de um projeto que tramita nos conselhos da universidade estão dentro das linhas de pesquisas, linhas de extensão, se atendem as diretrizes da universidade, não vejo que isso possa prejudicar. Até porque uma grande parte do recurso que vem da iniciativa privada é de isenção de impostos em última instância, na verdade, é um imposto que ta vindo para viabilizar alguns projetos e abrir campo de estágios para alunos, abrir opções de melhor formação, enfim, dinamizar um pouco mais o processo.
Fotos: Lidiane Ramos Leal
