A Ucrânia classificou a proposta de corredores humanitários feita pela Rússia de “inaceitável” e “imoral”. As declarações recentes acirram os ânimos na Guerra da Ucrânia, que já dura mais de uma semana e com número incerto de mortos. Corredores humanitários para retirar civis, até o momento, não foram bem-sucedidos.
Na manhã desta segunda (7), o pais liderado por Vladimir Putin anunciou que adotará um cessar fogo em Kiev, Mariupol, Kharkiv e Sumy, mas com uma exigência: os civis só podem ir para cidades russas ou da Bielorrússia, uma nação aliada do próprio Putin.
A ministra de Territórios Ocupados da Ucrânia, Iryna Vereshchuk, chamou a proposta russa de “absurda, cínica, inaceitável”. Rússia fez o anúncio de nova tentativa de evacuação de civis após um fim de semana de fracassos. Em muitos locais, pessoas estão presas, como na cidade de Mariupol, onde não há água, luz ou aquecimento.
O que dizem outros porta-vozes da Ucrânia sobre a Rússia?
Ucranianos acusam a Rússia de não respeitar o acordo e bombardear áreas residenciais, o que teria impedido a retirada de civis da zona de conflito. Já os separatistas acusam a Ucrânia de não respeitar o cessar-fogo entre os dois países. Esta será a terceira tentativa de retirar civis da região. As duas primeiras foram no sábado e no domingo. Ambas sem sucesso.
De acordo com o site Sky News, um porta-voz do presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, defendeu que os cidadãos possam deixar suas casas e continuar no território ucraniano.
“Esta é uma proposta completamente imoral. O sofrimento das pessoas é usado para criar a imagem de televisão desejada”, criticou. A Rússia e seu governo estão sendo criticados pela Ucrânia e nações ocidentais.
