Via Contexto Livre.
A TV UJS está produzindo o documentário “3 dias que abalaram a mídia”, e vai contar, a partir de entrevistas e imagens, sobre o ato organizado pela entidade em frente a sede da Editora Abril, dois dias antes das eleições presidenciais de 2014.
Motivada pela criminosa capa da revista Veja, que acusava, sem provas, Lula e a presidenta Dilma, a militância da UJS recolheu o maior número possível de revistas das bancas e levou para rasgá-las na porta da Editora Abril. Um ato de repúdio que causou grande agito nas redes sociais naqueles dias. Mesmo dentro do campo progressista as opiniões se dividiram em relação a eficácia da ação.
Para Anderson Bahia, diretor de comunicação da UJS, “o ato na editora Abril foi uma iniciativa da UJS, mas que contou com o apoio da parte da sociedade que não tolera mais a manipulação do monopólio da mídia em prol de uma candidatura. E evidência também que a mídia está longe de ser a unanimidade que foi um dia e que permitiu, por exemplo, a vitória de Collor sobre Lula, em 1989, com a contribuição da edição da Globo no debate entre os dois”.
Em relação as opiniões contrárias a realização da ação, o dirigente coloca que a UJS sofreu um questionamento por conta do ato, “com o argumento de que seria criminalizado pela grande mídia e isso ajudaria a derrotar Dilma. Mas ao longo de todo 2015, que foi caracterizado pelo acirramento da luta política iniciado durante a eleição de 2014, essas mesmas pessoas ou organizações tiveram dificuldades de se posicionar. Ouvi em março, depois das primeiras passeatas que iniciaram a disputa das ruas, de que não havia mais nada a ser feito e que Dilma cairia. Então, o que estava colocado desde o ato na Veja não era o discernimento de ter que recuar num certo momento, mas sim clareza política e iniciativa para intervir diante do elevado acirramento que não se via desde o golpe de 1964. E para a UJS isso nunca faltou”.
Entre os entrevistados do documentário estão os jornalistas Altamiro Borges e Paulo Henrique Amorim, a presidenta da UNE, Carina Vitral, Renan Alencar, presidente da UJS e do deputado federal, Orlando Silva (PCdoB). O material ainda contará com muitas outras entrevistas.
A importância do documentário está em “lembrar das atitudes corajosas que a juventude se propõe, como combater o autoritarismo da mídia que tentou influenciar o resultado das eleições e encontrou pela frente a combativa União da Juventude Socialista” afirma Carinal Vitral.
O documentário “3 dias que abalaram a mídia”, tem previsão de lançamento para o mês de fevereiro.