Do Globo.- Uma reportagem do programa “Fique ligado”, da TV Brasil, sobre a exposição “O Pasquim 50 anos”, em cartaz no Sesc de São Paulo, teve suprimido um trecho que mencionava a prisão de jornalistas do semanário durante a ditadura militar. O programa foi ao ar na segunda-feira, e a parte cortada contava o episódio que ficou conhecido como a “Gripe do Pasquim”, quando nove jornalistas do folhetim foram presos durante dois meses.
O estopim para a prisão foi a publicação, em 1970, de uma paródia do quadro “Independência ou morte”, de Pedro Américo. A charge reproduzia o quadro no qual Dom Pedro I era retratado dando o grito do Ipiranga, mas sua frase era “Eu quero Mocotó”, refrão do hit de Erlon Chaves, finalista do Festival Internacional da Canção naquele ano.
Como consequência, boa parte da redação do periódico acabou detida. A área da exposição no Sesc de São Paulo que leva o nome do episódio traz outros cartuns também censurados pelo regime militar. (…)