Tubos de imagem CRT (tubo de raios catódicos), que ainda não tinham destinação correta na Capital, agora podem ser reciclados sem causar prejuízos ao meio ambiente e aos seres humanos. A Metarreciclagem, organização não-governamental que incentiva o descarte correto do lixo eletrônico, desenvolveu uma máquina inédita no país que ajuda a separar os componentes dos tubos, para que possam ser encaminhados às indústrias de processamento e reaproveitados.
O equipamento custou R$ 6 mil, com o patrocínio da Eletrosul. A única máquina parecida no Brasil fica em São Paulo, foi importada da Suíça e custa em torno de R$ 40 mil.
Em apenas um dia de uso, é possível trabalhar com 200 tubos. Manualmente, o operador quebra o vidro atrás do tubo, que contém chumbo, com uma matriz de metal. Após isso, com aspirador de pó convencional, o fósforo contido na tela é aspirado. Só então a estrutura de cádmio é retirada. “Como é simples, de alta produtividade e com baixo custo, a máquina poderia ser usada em cooperativas de recicladores. A intenção é mostrar que o problema do lixo eletrônico tem solução”, afirmou Edson Alves, coordenador da Metarreciclagem. Alves pretende fazer parcerias com a iniciativa privada para construção de novas unidades da máquina.
Segundo o coordenador da ONG, todo o vidro retirado dos tubos é recolhido por uma empresa de Içara, no Sul do Estado, que faz o processamento e encaminha o material para empresas de cerâmica ou tinta. O cádmio será exportado para a China para processamento. O plástico, alumínio e outros materiais também são vendidos e, posteriormente, reciclados. “A gente consegue R$ 30 por tonelada de vidro, por exemplo. A venda de todos os componentes não representa muita coisa, mas dá para pagar a equipe que trabalha na quebra dos tubos e algum custo de coleta de equipamentos”, explicou Alves.
Equipe recolhe 600 tubos por semana
Durante três anos, desde o surgimento da Metarreciclagem, foram recolhidos 600 tubos de imagem. Todos já foram quebrados e tiveram seus componentes separados em apenas quatro dias. Hoje, a equipe recolhe de 500 a 600 tubos por semana. Em um mês, Edson Alves acredita que 4.400 tubos sejam processados, gerando cerca de 10 mil quilos de chumbo, altamente tóxico para seres vivos.
A máquina projetada pela Metarreciclagem, em parceria com engenheiros e outros profissionais, será lançada nesta quarta-feira (6), em evento na Eletrosul. Além do lançamento, haverá “Painel Desafios e Limites da Coleta Seletiva e Reciclagem”, que faz parte da Semana do Meio Ambiente da empresa. Representantes da Eletrosul, Comcap, UFSC (Universidade Federal de Santa Catarina), Associação de Catadores e do Ministério Público estarão presentes e devem falar sobre o tema.
Fonte: http://www.ndonline.com.br/
Boa tarde , gostaria de entrar em contato com a usina de reciclagem de tubos de imagem , tenho interesse no equipamento de descontaminação sou do interior de Minas Gerais
Boa tarde! O email da Metarreciclagem é [email protected] e o blog http://metarreciclagem.blogspot.com/. Boa sorte!