Por Cesar Ismar.
O confronto entre militares e o tribunal superior eleitoral é fruto de uma inércia causada pelo próprio TSE.
Vou explicar.
Uma grande mulher certa vez me disse algo sobre os problemas do nosso dia a dia que diz:
“Se dermos importância em demasia aos nossos problemas emocionais, financeiros, profissionais e de relacionamento, estaremos alimentando os monstrinhos. Quanto mais as pessoas alimentam, maior e mais forte ele fica. Ex: Se vc alimentar, todos os dias o filhote de dragão ele se tornara um dragão imenso e forte. Porém se vc cortar a fonte de alimento ele vira uma lagartixa e se torna fácil de se eliminar”.
Foi justamente isso que ocorreu.
O presidente foi criando, desde a sua posse, uma narrativas e factoides de supostas fraudes nas eleições devido as urnas serem eletrônica.
Cabe lembrarmos que a última tentativa de fraude eleitoral, com voto impresso, foi em 1994, no Rio de Janeiro, pelo então candidato Jair Messias Bolsonaro. É só procurar no Google que a matéria está lá. Em 1996 foi instaurado o processo eletrônico. Desde então não houve mais fraudes nas eleições.
Neste caso o erro foi do TSE, querendo se apresentar como o órgão que dialoga, ou no jargão social “quis dar uma de bom moço” e convidou os milicos para participarem de uma “Comissão de Transparência”, no TSE. Tal comissão teve início, meio e fim conforme prazo regimental para essas comissões existirem.
Nem para isso esses milicos servem…
Uma vez que perderam o prazo para fazer apresentar suas sugestões nas eleições de 2022 e, agora, uma semana após o término do prazo quererem impor suas demandas?
Não né! Prazo regimental é prazo regimental e ponto final.
Se não é para ser cumprido, para que se fazer Regimentos Internos nos órgãos municipais, estaduais e federais?
No meu entender o ministro Barroso, deu um tire no pé ao convidar os milicos ao invés de colocar eles no seu devido lugar, conforme consta da Constituição Federal. Ou seja; As forças armadas NÃO são uma forma de poder constitucional e sim que estão a serviço do Estado. Quer dizer, estão a serviço do estado brasileiro e não de um presidente, partido ou ideologia política.
O respeito a constituição foi esquecido pelos dois, TSE e Militares. Principalmente pelo TSE que esqueceu a CF quando permitiu o golpe na presidente Dilma, hoje inocentada pela justiça e por um juiz de primeira instancia levou o país ao buraco econômico que se encontra hoje.
Lugar de militar é defendendo as fronteiras do país ou dentro de quartel.
O resto é GOLPE DE ESTADO!
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Cesar Ismar é liderança comunitária em Florianópolis.