Trump é a principal ameaça à paz na América Latina, diz chanceler de Cuba

Durante abertura do Encontro Anti-imperialista em Havana, Bruno Rodríguez condenou bloqueio contra a ilha e agradeceu a solidariedade das nações presentes no evento

Durante abertura do Encontro Anti-imperialista em Havana, Bruno Rodríguez condenou bloqueio contra a ilha (Foto: Reprodução/CubaSi)

O ministro das Relações Exteriores de Cuba, Bruno Rodríguez, disse durante a abertura do Encontro Anti-imperialista de Solidariedade pela Democracia e contra o Neoliberalismo nesta sexta-feira (01/11) que o governo do presidente norte-americano Donald Trump é a maior ameaça à paz na América Latina e que enfrentar os EUA é uma “tarefa decisiva”.

“O governo de Donald Trump é a maior ameaça à paz e à segurança. Os Estados Unidos aumentam a ingerência em nosso assuntos de Estado e o modelo capitalista é inviável e insustentável para este planeta”, disse o chanceler cubano a uma plateia formada por mais de mil dirigentes políticos de diversos países que chegaram em Havana para participar do encontro.

Rodríguez ainda condenou o bloqueio norte-americano contra Cuba e rechaçou a aplicação do Título III da Lei Helms-Burton – mais um mecanismo de sanção de Washington colocado em vigor para aumentar o bloqueio econômico contra e sufocar o país economicamente – e disse que a lei é o “principal instrumento que os Estados Unidos usam para reger a sua hostilidade contra Cuba”.

“Enfrentamos sérias dificuldades no fornecimento de combustível e foram adotadas medidas temporárias que só eram possíveis em um país organizado e revolucionário como o nosso. O governo dos EUA viola o direito internacional e os regulamentos internacionais de navegação e comércio”, afirmou o ministro.

Em seu discurso, o ministro ainda fez uma defesa da esquerda latino-americana e proferiu diversos ataques ao sistema capitalista e ao imperialismo, classificando-os como “os responsáveis” por tornar a região “mais desigual”.

Rodríguez também criticou o papel desempenhado pela Organização dos Estados Americanos (OEA) nas eleições presidenciais da Bolívia realizadas no final de outubro. Segundo o chanceler, o órgão “ataca a esquerda para defender o neoliberalismo”. Ainda sobre o país vizinho, o ministro felicitou a reeleição do presidente Evo Morales, a qual chamou de “vitória histórica”.

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