“Superlativa Marina” (Lápis Editora e Projetos Culturais), catálogo que aposta na memória da vida e trajetória da galerista e gestora pública Marina Heloísa Medeiros Mosimann, ganha lançamento em Joinville, Blumenau e Florianópolis. Projeto idealizado pela filha Melina Mosimann, resulta como um tributo à história dessa mulher que alarga as possibilidades da própria existência a partir do convívio e da partilha, ajudando a criar nos anos 1970 o circuito de arte de Santa Catarina. Entre 1976 e 2000 comandou a Galeria de Arte Lascaux que, ao longo dos anos, se manteve em sete endereços diferentes, cinco em Joinville, no Norte do Estado, um na Capital e outro em Balneário Camboriú. A partir de 1989, começa sua atuação na gestão pública, como diretora do Museu de Arte de Joinville. Por sua atuação à frente de outros organismos e institutos do campo da cultura, Marina é pensada dentro da história das ideias das artes visuais de Santa Catarina. A pesquisa e o texto são da jornalista Néri Pedroso e o design gráfico de George Varela. O Instituto Internacional Juarez Machado legitima a publicação.
Nascida em Blumenau e moradora de Joinville desde 1970, a atuação de Maria desdobra-se em ações por diferentes cidades do Estado, num entrelaçamento de encontros e experiências que ajudam a conhecer melhor a constituição de um sistema ou circuito de arte, entendido com um conjunto de artistas, de obras, diferentes processos e relações, exposições, mediações entre museus, galerias, fundações, entidades, gestores, colecionadores, pesquisadores e historiadores.
O material é constituído a partir das memórias pessoais, com pesquisa no acervo pessoal e o depoimento de pessoas como Apolinário Ternes, Cássia Aresta, Charles Narloch, Edson Busch Machado, Eugênia Gorini Esmeralda, Franzoi, Juarez Machado, Margit Olsen, Maria Regina Schwanke Schroeder, Marli Avancini, Melina Mosimann, Nadja de Carvalho Lamas e Nilson Delai.
Nas lembranças de Marina, uma história de amizades com os nomes mais importantes do passado cultural de Santa Catarina. No mapeamento fraterno sobressaem Elke Hering, Lindolf Bell, Harry Laus, Mário Avancini, Hamilton Machado, Luiz Henrique Schwanke, todos já mortos. “Sua atuação prática se funda no fazer e na articulação entre diferentes interlocutores do universo da cultura. Quer como galerista ou gestora, atravessa fronteiras, enfrenta desafios, supera barreiras, discreta parece cuidar só das pequenas coisas, ao que é mais imediato. Benevolente, é fonte de coragem para outras pessoas, ajuda a deslanchar carreiras artísticas, fortalece autoestimas, reforça sentimentos coletivos. Move mundos e fundos para ampliar sensibilidades, melhorar acervos, dar corpo a publicações que guardam a memória de artistas e de instituições”, diz Néri Pedroso.
O inventário desse legado fica aquém do conjunto de realizações em quatro décadas de vida dedicadas à construção do sensível e de novos sujeitos no campo da cultura. Os textos do historiador e crítico Walter de Queiroz Guerreiro e do artista Juarez Machado, autores de dois artigos afetivos. Mais do que tudo, o catálogo deve ser lido como um tributo.
Equipe técnica
Coordenação editorial: Melina Mosimann
Pesquisa e texto: Néri Pedroso
Fotografia: Paulo de Araújo, Walter de Queiroz Guerreiro e João Pedro Dalcegio Varela
Projeto gráfico: George Varela
Editora: Lapis Editora e Projetos Culturais
Assessoria de imprensa: Néri Pedroso
Serviço Florianópolis
O quê: Lançamento do catálogo Superlativa Marina (Lápis Editora e Projetos Culturais)
Quando: 23.11.2017, 19h
Onde: Helena Fretta Galeria de Arte, rua Presidente Coutinho, 532, Centro, Florianópolis, tel.: (48) 3223-0913
Quanto: R$ 25,00
Apoio institucional: Instituto Internacional Juarez Machado, Helena Fretta Galeria de Arte
Apoio institucional: Instituto Internacional Juarez Machado e Helena Fretta Galeria de Arte
Realização: Instituto Internacional Juarez Machado