Cairo, 4 nov (Prensa Latina) O Tribunal Criminoso desta capital postergou para o próximo 2 de dezembro a audiência do processo contra organizações não governamentais egípcias acusadas de receber fundos ilegais dos Estados Unidos.
A Promotoria propôs aplicar a pena mais severa contra aos 43 acusados, entre os que se encontram cidadãos egípcios e estadunidenses, estes últimos julgados em ausência já que abandonaram o país depois de serem libertados sob fiança e por pressões da embaixada de Washington nesta capital.
Os cargos incluem, ademais, operar de maneira ilegal e “promover a divisão entre o povo egípcio”, segundo a ordem de detenção ditada em seu momento pelo Conselho Militar Supremo, que governou o Egito desde a renúncia do ex-presidente Hosni Mubarak, até a ascensão ao poder em junho passado do mandatário Mohamed Morsi.
Os acusados foram detidos no passado 29 de dezembro e o processo começou dois meses depois.
O processo é causa de atrito nas relações entre Washington e Cairo, intensificadas após as eleições deste ano, ganhas pelo Partido Libertem e Justiça, braço eleitoral da Irmandade Muçulmana, cujos orçamentos se chocam com os dos Estados Unidos, em particular por sua rejeição à política de Israel para os palestinos.
Na semana passada o presidente egípcio disse em um discurso que o Egito não permanecerá em silêncio diante dos constantes bombardeios israelenses contra a Faixa de Gaza.