Três homens são presos pelo assassinato do congolês Moïse Kabamgabe

Os três presos deverão responder por homicídio duplamente qualificado, impossibilidade de defesa e meio cruel; dono afirma que não estava no local no momento do crime

Dois suspeitos presos e a arma do crime. Foto: Montagem/Reprodução

Por Julinho Bittencourt.

Fábio SilvaAlisson Cristiano Alves de Oliveira, de 27 anos, e mais um terceiro que não foi identificado foram presos nesta terça-feira (1) pelas agressões que levaram à morte do congolês Moïse Kabamgabe no quiosque Tropicália, na Barra da Tijuca, na Zona Oeste do Rio.

Os três presos deverão responder por homicídio duplamente qualificado, impossibilidade de defesa e meio cruel.

Fábio Silva é vendedor de caipirinhas na praia e foi preso em Paciência, também na Zona Oeste. A polícia informou que ele confessou aos agentes que deu pauladas no congolês. Ele estava escondido na casa de parentes.

Leia mais: Homem se apresenta à delegacia e diz ser uma das pessoas envolvidas no assassinato de Moïse Kabagambe: “temo pela vida”

Alisson, que foi preso à tarde, admitiu ter cometido as agressões que resultaram na morte do congolês. Ele se apresentou na 34ª DP (Bangu) e foi levado para a Delegacia de Homicídios do Rio.

Alisson afirmou em um vídeo que “ninguém queria tirar a vida dele”[Moïse] e que o grupo foi “defender o senhor” do quiosque do lado, com quem Moïse teria tido “um problema”, segundo Alisson.

O dono

O dono do quiosque onde Moïse trabalhava prestou depoimento à polícia nesta terça e afirmou que o homem não conhece os agressores. Ele negou que havia dívidas com Moïse. Segundo sua defesa, ele estava em casa quando o congolês foi espancado e apenas um funcionário do estabelecimento estava no local no momento das agressões.

A família de Moïse afirma que ele foi morto após cobrar uma dívida atrasada relativa a duas diárias.

30 pauladas

Uma barra de madeira, que tinha sido descartada em um mato perto do local do crime, foi apreendida. O delegado também afirmou que as pessoas que agrediram o congolês não trabalham no quiosque. A polícia divulgou imagens das câmeras do quiosque onde o congolês foi espancado até a morte. O vídeo mostra que Moïse Kabamgabe recebeu ao menos 30 pauladas dos agressores — parte delas enquanto estava imobilizado no chão, sem chance de defesa. Veja abaixo:

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