Por Osvaldo Jerônimo dos Santos.*
Há anos esta Associação vem percebendo a deliberada ação do IPREV para prejudicar os Policiais Civis de Santa Catarina, os quais prestam serviços relevantes à sociedade catarinense, com riscos de vida e desempenhando serviços estafantes e altamente danosos à sua saúde física e mental.
Estamos há sete anos sem qualquer tipo de aumento salarial. Nem sequer a reposição da inflação deste período estamos recebendo. Recentemente, um “parecer” do IPREV desaposentou colegas legalmente aposentados, gerando alto nível de stress em pessoas em idade já elevada.
E agora, em novo ataque aos policiais civis, o Instituto cogita retirar dos aposentados a IRESA (Indenização por Regime de Serviço Público Ativo), legalmente conquistada por colegas, muitos dos quais ficaram prestando serviços aquém do seu tempo de aposentadoria para poder receber tal direito. Esse tipo pretensão vem inquietando os inativos, justamente num período em que eles mais precisam desses recursos para custear tratamentos médicos decorrentes dos malefícios adquiridos nos anos trabalhados em defesa da sociedade. Sociedade esta que agora lhes dá às costas.
Não bastasse tudo isso, o Presidente do IPREV, cargo político, vem dizer ainda que os inativos foram, e estão sendo, os responsáveis pelos déficits da Previdência Estadual. Inverdade pura. Talvez o senhor presidente desconheça ou se faz desconhecedor, que todo e qualquer servidor público desconta, religiosamente em folha, a sua contribuição previdenciária mensal para poder lá na frente desfrutar de uma aposentadoria digna. Não se pode colocar nas costas do servidor público contribuinte os desmandos e a má gestão financeira dos fundos arrecadados pelo Instituto e pelos antecessores.
Nas idas ao IPREV, para tratar de questões reivindicatórias, estarrece ver a grande quantidade de políticos derrotados nas urnas que lá estão ocupando cargos nas mais diversas esferas. Certamente não estão lá em prestação de serviços voluntários.
Não queremos nada diferenciado, apenas respeito e tratamento igualitário às outras forças policiais. A PC exige paridade e integralidade!
*Presidente da ASSESP/SC – Associação dos Servidores Civis da Segurança Pública de Santa Catarina
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