Tragédia em Mocoa não foi por desastre natural, afirmam na Colômbia

Bogotá, 18 abr (Prensa Latina) Sem esperar os resultados das pesquisas sobre as avalanches em Mocoa, continuam hoje as críticas na Colômbia pela falta de previsão para evitar a tragédia vivida no sulista município onde morreram 321 pessoas.

Ainda faltam os resultados das investigações e análises rigorosas para entender o conjunto de causas que matou mais de 300 compatriotas (…) no entanto adianto-me a manifestar que não podemos catalogar semelhante infortúnio, nem agora nem nunca, como um desastre natural, assegurou um dos colunistas do diário O Tempo.

Alude-los surpreenderam aos vizinhos na madrugada do 1 de abril ao arrastar casas, pontes e todo quanto encontraram a sua frente.

Não é natural que em pleno século XXI centenas de milhares de cidadãos habitem em zonas não aptas para tal uso (…); também não é natural que nestas condições não existam sistemas de monitoramento e de alertas a tempo que façam possível um aviso prévio, o qual represente uns minutos para marcar a diferença entre a vida e a morte, ampliou o artigo publicado pelo jornal.

O transbordamento de três rios circundantes desencadeou, demolições, transbordamentos os quais ocasionaram ferimentos em cerca de 300 moradores e deixaram mais de uma centena de desaparecidos, alguns desaparecidos e procurados por seus familiares.

Estimo que não é inteligente que culpemos à mudança climática ou à fúria da natureza de nossa incompetência no momento de planejar os desenvolvimentos urbanos ou das limitações para impedir o desmatammento e proteger os habitats naturais; os fenômenos globais converteram-se em desculpa perfeita para tirar responsabilidades, sublinhou o comentário assinado por Eduardo Behrentz.

Nesta terça-feira o presidente Juan Manuel Santos presidirá um Conselho de Ministros em Mocoa, a fim de perfilar a rota para reconstruir nessa municipalidade, capital do departamento de Putumayo.

Que seja esta tragédia e os mártires que pereceram nela a motivação que nos fazia falta para envolver de maneira cuidadosa e detalhada o manejo do risco e a vulnerabilidade nos planos de ordenamento territorial, agregou Behrentz.

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