Ainda faltam os resultados das investigações e análises rigorosas para entender o conjunto de causas que matou mais de 300 compatriotas (…) no entanto adianto-me a manifestar que não podemos catalogar semelhante infortúnio, nem agora nem nunca, como um desastre natural, assegurou um dos colunistas do diário O Tempo.
Alude-los surpreenderam aos vizinhos na madrugada do 1 de abril ao arrastar casas, pontes e todo quanto encontraram a sua frente.
Não é natural que em pleno século XXI centenas de milhares de cidadãos habitem em zonas não aptas para tal uso (…); também não é natural que nestas condições não existam sistemas de monitoramento e de alertas a tempo que façam possível um aviso prévio, o qual represente uns minutos para marcar a diferença entre a vida e a morte, ampliou o artigo publicado pelo jornal.
O transbordamento de três rios circundantes desencadeou, demolições, transbordamentos os quais ocasionaram ferimentos em cerca de 300 moradores e deixaram mais de uma centena de desaparecidos, alguns desaparecidos e procurados por seus familiares.
Estimo que não é inteligente que culpemos à mudança climática ou à fúria da natureza de nossa incompetência no momento de planejar os desenvolvimentos urbanos ou das limitações para impedir o desmatammento e proteger os habitats naturais; os fenômenos globais converteram-se em desculpa perfeita para tirar responsabilidades, sublinhou o comentário assinado por Eduardo Behrentz.
Nesta terça-feira o presidente Juan Manuel Santos presidirá um Conselho de Ministros em Mocoa, a fim de perfilar a rota para reconstruir nessa municipalidade, capital do departamento de Putumayo.
Que seja esta tragédia e os mártires que pereceram nela a motivação que nos fazia falta para envolver de maneira cuidadosa e detalhada o manejo do risco e a vulnerabilidade nos planos de ordenamento territorial, agregou Behrentz.
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