Por Silvia Agostini Pereira
Os trabalhadores nas Unidades de Pronto Atendimento de Florianópolis Norte e Sul da Ilha, de Florianópolis encerraram a greve no final da tarde de ontem, quinta-feira, 4. Eles estavam mobilizados, atendendo somente casos de extrema urgência, desde 11 de dezembro em protesto ao Projeto de Lei Complementar (PLC) 1.686/1 da Prefeitura em que o trabalhador precisaria cumprir jornadas de 12 horas por dia durante 18 dias do mês, somados plantões e sobreavisos. Uma reunião entre o Sindicato dos Trabalhadores Serviço Público e Prefeitura na tarde de ontem acordou a volta do número de 11 plantões mais um sobreaviso. A categoria exigia aprovação de outra proposta construída coletivamente em que seriam realizados 11 plantões.
Os trabalhadores também denunciaram a falta de funcionários e a precarização dos equipamentos. Em ambas as UPAs, por exemplo, os equipamentos de raio-x estão desligados há aproximadamente um ano. Também faltam insumos básicos como gaze, lençóis, luvas e outros.
Ao final de dezembro, a Prefeitura recorreu, inclusive, à Justiça pela pedindo a ilegalidade do movimento, mas o Juiz Marco Aurelio Ghisi Machado, da Vara de Plantão Cível da comarca da Capital, negou o pedido, baseando-se na ausência de “qualquer prova consistente dos fatos narrados” e na tentativa do Executivo em “impedir a atividade sindical” dos trabalhadores.
Sindicato e categoria decidiram por um prazo de 90 dias para que um novo projeto que regulamente a carga horária seja votado na Câmara Municipal.
Com informações do Sintrasem e Jornal Notícias do Dia