Nesta terça-feira, 30 de agosto, aproximadamente 500 trabalhadores nas empresas Epagri e Cidasc de todo o estado se reuniram, em Florianópolis, para assembleia geral unificada para decidir o rumo da campanha salarial 2016/17. No edital do Sindaspi/SC, a votação para greve estava na pauta, e a mesma foi aprovada por maioria absoluta, tendo apenas três abstenções e um voto contrário.
A opção pela Greve não é exclusiva dos trabalhadores na Cidasc e na Epagri, no Estado. Empregados em outras empresas e órgãos públicos como na Udesc, Ciasc também já paralisaram atividades ou estão em estado de greve, pois o zero por cento oferecido para reposição dos salários é considerado uma afronta aos direitos de quem trabalha e tem perdas salariais contabilizadas em mais de 100% desde a implantação do Plano Real.
TRT – Trabalhadores garantem data do julgamento do dissídio
Após assembleia, trabalhadores participaram dos atos em frente à Epagri, no Cetre (Centro de Treinamento da Epagri), na Secretaria da Agricultura, e que depois seguiram em caminhada da Beira Mar Norte até o TRT – Tribunal Regional do Trabalho – onde aconteceram as audiências conciliatórias entre as empresas Epagri e Cidasc.
Com a falta de nova proposta do governo, os julgamentos dos Dissídios ficaram marcados para o dia 24 de outubro.
Os sindicatos continuarão fazendo pressão ao Governo do Estado, e novas ações devem acontecer nos próximos dias.
O governador Raimundo Colombo precisa entender que a agricultura catarinense gera 30% da riqueza do Estado e os trabalhadores na Cidasc e Epagri são fundamentais para esse resultado. Exigimos Respeito. Segundo o Balanço Social da Epagri, o lucro gerado pela empresa ao Estado, diz que a cada R$ 1,00 (um real) investido, o retorno é de R$ 3,59 (três reais e cinquenta e nove centavos). Além de que, a sanidade agropecuária no território catarinense garantida pelo trabalho da Cidasc possibilitou em 2015 a exportação de 515 milhões de dólares em carne suína.
Antes de alegar falta de dinheiro no orçamento para os custos dos salários de quem mantém as empresas e serviços públicos, o governo de Raimundo Colombo deve deixar de renunciar a 5 bilhões de impostos para o caixa do Estado.
Texto e fotos: Assessoria de Comunicação do Sindaspi/SC: Jornalistas Cristiane Mohr e Silvia Agostini