A Confederação Geral do Trabalho (CGT) da Argentina anunciou uma greve nacional para a segunda quinzena de março contra as políticas de Mauricio Macri. Desde que o presidente assumiu, em dezembro de 2015, o país sofre uma das maiores crises de desemprego dos últimos tempos.
“Este é o início de um plano de luta para exigir respeito aos compromissos assumidos. As provas estão sobre a mesa, não há mais tempo para diálogo, é necessário cumprir, é a única forma de reverter esta situação”, afirmou um dos integrantes da direção da CGT, Carlos Acuña.
Outro dirigente, Héctor Daer, afirmou que o Conselho Diretivo da central não vai mais participar das mesas de diálogo porque não há confiança no governo. Por isso a central decidiu convocar uma greve.
No começo do governo Macri quase 50% dos trabalhadores públicos foram demitidos, e uma onda de demissões também começou no setor privado. Em determinados momentos chegaram a ser demitidas mais de mil pessoas por dia. Diante disso, o país enfrenta uma das maiores crises de desemprego dos últimos tempos.
Para piorar a situação dos trabalhadores, o governo implementou uma série de reajustes nas tarifas de serviços básicos como energia elétrica, gás, transporte e alimentos da cesta básica. Alguns aumentos atingiram mais de 500%.
“Seguimos em meio a incertezas, o quadro tarifário e os aumentos em distintas áreas estão corroendo o poder aquisitivo dos trabalhadores”, afirmou a central.
A relação entre os trabalhadores e o governo piorou muito nos últimos meses, logo que começaram a acontecer mesas de diálogo onde as diferenças foram aprofundadas e o Poder Executivo não cedeu na implementação de sua politica neoliberal que prejudica a fatia mais pobre do país.
Fonte: Portal Vermelho.