“Só uma greve geral entre várias categorias será capaz de barrar essa série de retiradas de direitos trazida pelo Governo Federal”, afirmou a presidente do SindSaúde/SC Edileuza Fortuna, na assembleia geral da saúde, na tarde da última quarta feira (15/03). Cerca de 200 trabalhadoras e trabalhadores da saúde se reuniram para debater a repostas da Secretaria Estadual de Saúde à pauta de reivindicações de 2017 e a PEC 287 – o desmonte da Previdência Social. A decisão da grande maioria foi de paralisar todas as atividades no estado no dia de votação da PEC, na Câmara dos Deputados.
Durante três horas de discussão, a diretoria tirou dúvidas sobre os impactos na vida da trabalhadora e do trabalhador da saúde se a contrarreforma da previdência for aprovada. Também foi destrinchada a pauta, aprovada em assembleia geral, e apresentada ao novo secretário de saúde Vicente Caropreso. As respostas da SES mostraram novos perigos para a saúde pública do estado e uma clareza de que o descaso com a falta de servidores irá permanecer.
Caropreso deixou claro que pretende dar continuidade ao projeto de criação de uma empresa de gestão privada para administrar os hospitais públicos de Santa Catarina. É a abertura para a privatização do sistema público de saúde do nosso estado.
Ao mesmo tempo, a agenda de contrarreformas do governo Temer continua a toda velocidade, semanalmente, com novos projetos que retiram os direitos e precarizam ainda mais a vida do povo que trabalha.
Para construir a resistência aos novos ataques, a categoria aprovou:
– Paralisação de duas horas nos dias 20 e 23/03 em todas as unidades do estado;
– Criação um comitê de mobilização, com representantes de cada local de trabalho;
– Construção de paralisações de duas horas na próxima semana e paralisação de 24 horas, no 28 de março, data em que deve ser votada em primeiro turno a PEC 287 – da Contrarreforma da Previdência;
– Articular com outros sindicatos uma greve nacional da saúde.
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Fonte: Sindsaúde.