Por Fernando Brito.
“Artigo 142” (em favor de intervenção militar) e cassação de ministros do STF são “arroz de festa” em manifestações moro-bolsonaristas, tanto quanto “fechar o Supremo com um cabo e um soldado” foi sugerido pelo Filho 03 de Jair Bolsonaro.
Mas o que o ministro Dias Toffoli disse ontem à noite em entrevista a Fernando Rodrigues, no Poder 360, é algo tão grave que não se compreende que não esteja repercutindo fortemente na imprensa (aliás, mesmo na própria entrevista).
Afinal, o presidente do Supremo disse que foram descobertos planos de “ataques terroristas” ao Tribunal, dizendo até que havia indícios objetivos de quem seriam seus autores.
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“Esse inquérito descobriu na deep web ataques ‘terroristas’. Não é pouca coisa. E ataques ‘terroristas’, pelo o que já foi investigado, com ligações a pessoas que já fizeram outros atentados gravíssimos”, disse. “Ataque terrorista [à instituição]. Não é pouca coisa. E nós estamos falando de uma coisa absolutamente séria”.
De fato, não é pouca coisa, mas mereceu apenas mais uma indagação sobre como seria feito, o que Toffoli, claro, não respondeu, “por uma questão de segurança”. Mas nada sobre se isso já está em apuração policial, embora o ministro tenha indicado a origem.
Embora, politicamente, pareça estar evidente de que campo provém.
Em qualquer pais do mundo, depois de uma revelação destas, feita pelo presidente da Corte Suprema, um batalhão de repórteres estaria no encalço de informações.
Aqui, há um estranho silêncio e desinteresse.
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