247 com Reuters – Em discurso no Planalto na tarde desta terça-feira (10), Jair Bolsonaro afirmou nesta terça-feira que é preciso enfrentar a pandemia do novo coronavírus de “peito aberto” e que o Brasil tem de deixar de ser “um país de maricas”, numa referência pejorativa ao receio com a Covid-19, que já matou mais de 162 mil e infectou 5,67 milhões de pessoas.
“Tudo agora é pandemia. Lamento os mortos, lamento. Todos nós vamos morrer um dia, aqui todo mundo vai morrer um dia… Não adianta fugir disso, da realidade. Tem que deixar de ser um país de maricas, pô”, disse Bolsonaro. “Olha que prato cheio para a imprensa, prato cheio para a urubuzada que está ali atrás”, acrescentou Bolsonaro, durante evento de lançamento da retomada do Turismo.
Bolsonaro disse ainda que a pandemia foi “superdimensionada” e criticou quem começou a amedrontar o povo com a possibilidade de uma segunda onda da doença.
As declarações vêm um dia após a suspensão pela Anvisa dos testes da vacina chinesa no Brasil, fato celebrado por Bolsonaro como uma “vitória”. Nesta terça-feira, veio a público a informação de que um voluntário de testes da Coronavac suicidou-se.
Assista à fala:
Bolsonaro é um ser repugnante. O covarde do alto do seu privilégio zomba do povo brasileiro, ao dizer que o Brasil devia “deixar de ser um país de maricas” na pandemia.
Mais de 160 mil mortos e o genocida, que nada fez até aqui, quer exigir que o povo se lance no precipício? pic.twitter.com/oTVFe87ICG— Erika Kokay (@erikakokay) November 10, 2020
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