Inspirado na realidade brasileira, o filme feito em 2008, com atores indígenas, trata da situação atual dos indígenas que vivem no Mato Grosso do Sul, resistindo ao avanço do agronegócio. desde a década de 1960, quando novas frentes de expansão iniciaram a derrubada das matas e instalaram pastagens e monoculturas extensas, a violência contra os indígenas só tem crescido . Não somente as Terras Indígenas tradicionais não são demarcadas, como crescem a onda de sangue e de medo pela região. Assassinatos como o de Siimão Vilhalva (em 29/08) e a tentativas de de morte como a de Elipídio Pires, em 19 de setembro passado, são as últimas tragédias que compõe um absurdo quadro de violação de direitos humanos, aliados à omissão do Estado com a saúde de crianças, mulheres e idosos das várias etnias que vivem na região.
Tendo por foco os conflitos pela terra e a resistência dos kaiowá, Marco Becchi põe em cena outra tema delicado daquele contexto: o suicídio de jovens kaiowá, tema que não obstante sua complexidade, não deixa de ter relações com o contexto trágico vivido no país.
Após o filme, haverá uma roda de conversa com representantes do MST e do movimento indígena guarani de SC.
Local: Instituto Arco-íris. Travessa Ratclif, 56 – Centro. Florianópolis.
Dia 22/10, Quinta-feira. Às 19 horas.