Depois de ano em que o Brasil viveu um golpe parlamentar contra a presidente Dilma Rousseff, mas que também foi marcado por intensa mobilização estudantil, a presidente da União Nacional dos Estudantes, Carina Vitral, se disse otimista em relação ao futuro. O motivo: Michel Temer, que é rejeitado por 77% dos brasileiros, é ainda mais rejeitado entre os jovens. “A juventude não vai aceitar o que está aí”, disse ela, em entrevista exclusiva à TV 247. Na sua visão, a saída ideal para a crise seria a realização de eleições diretas já em 2017 ou até de eleições gerais, com a renovação de todo o parlamento.
Segundo ela, os jovens, que estiveram na linha de frente da resistência ao golpe, com as ocupações de escolas e universidades, continuarão mobilizados pelo Fora Temer. “Vai ter muita luta”, diz ela. Embora tenha havido um divórcio entre a população e a esquerda nos últimos anos, Carina afirma que o próprio Temer contribui para a retomada das mobilizações com sua agenda de retrocessos econômicos e sociais. Em outros trechos, Carina também falou sobre a reforma do ensino médio, imposta de cima para baixo, a PEC 55, que, segundo ela, causará o sucateamento das universidades, e o fator misógino no golpe contra Dilma.
Fonte: Portal Vermelho.