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Havana (Prensa Latina) – Um trabalhador mineiro na Tailândia recebe menos de um dólar por dia para extrair rubis ou safiras cujo preço pode chegar até os quatro milhões de dólares em filiais da conhecida galeria de leilões Sotheby’s.
Dados a respeito, publicados em qualquer meio de imprensa, ilustram que essa cifra a atingiu um rubi no ano 1995 em Genebra, Suíça, o que confirma que tal pedra preciosa é a mais valorizada mundialmente.
Fontes das Nações Unidas e inclusive do próprio governo tailandês, admitem que a exploração em minas nesse país asiático é normalmente ilegal, o que exime de qualquer respaldo institucional aos que ali trabalham.
Nessa nação existem mais de 60 variedades de gemas de incalculável valor comercial, como a água-marinha, zircão, granate, jade, turmalina, safira ou rubis, segundo estimativas do Instituo Nacional de Estudos sobre as Gemas.
Chanthanburi, uma localidade ao norte de Bangkok, a capital, é o maior centro para o processo industrial e comercial de pedras preciosas, mas os ramos do tráfico ilegal chegam sobretudo a Mae Chang, localizada na fronteira tailandesa com o Myanmar e Laos.
Algo de uma história pouco conhecida
A zona fronteiriça entre Tailândia, Myanmar e Laos foi chamada numa época -década de 60 e primeiros anos da de setenta- o Triângulo de Ouro, por onde circulava uma enorme quantidade de droga cujo destino fundamental resultava o mercado mais extenso de consumidores: os Estados Unidos.
Das selvas tailandesas saíam toneladas de produtos elaborados em laboratórios artesanais e um dos meios de transporte utilizados implicou o pessoal do exército estadunidense, então envolvido na agressão ao Vietnã.
Depoimentos a este respeito abundam, entre eles, o filme American Gangster, dirigido por Ridley Scott e protagonizado por Denzel Washington e Russell Crowe, baseado em fatos reais sobre o tráfico de heroína.
Desde então, as condições variaram, o comércio de estupefacientes buscou outros rumos, mas a zona mencionada continuou como centro do contrabando dos mais diversos artigos, de pessoas e prostituição.
Cifras estimadas calculam que esses negócios geram bilhões de dólares por ano, ainda que sem precisar o montante que inclui o comércio legal ou ilegal de pedras preciosas.
Investigações e documentos da Global Financial Integrity, uma instituição sem fins lucrativas em Washington, Estados Unidos, assinala que os negócios a respeito movem por meio de subornos às autoridades, roubos de servidores públicos governamentais e complicados manejos para a evasão de impostos.
Thomas Naylor, autor do livro O submundo das gemas, menciona Bangkok como um importante centro para a compra e venda por atacado de pedras preciosas que têm como destino final New York, Mumbai, Tel Aviv ou Genebra, entre outras grandes cidades.
Para o simples e explorado mineiro tailandês não fica muito por escolher e só aparece nos meios de comunicação como um portador ou vendedor de supostas pedras preciosas com a figura do Buda ou outros símbolos que servem de amuleto chamativo.
* Chefe da Redação Ásia da Prensa Latina.
Tailandia y el negocio de las piedras preciosas
Por Pedro Blas García.
Un trabajador minero en Tailandia recibe menos de un dólar por día para extraer rubíes o zafiros cuyo precio puede llegar hasta los cuatro millones de dólares en filiales de la conocida galería de subastas Sothebys. Datos al respecto, publicados en cualquier medio de prensa, ilustran que esa cifra la alcanzó un rubí en el año 1995 en Ginebra, Suiza, lo que confirma que tal piedra preciosa es la más valorada mundialmente.
Fuentes de Naciones Unidas e incluso del propio Gobierno tailandés, admiten que la explotación en minas en ese país asiático es normalmente ilegal, lo cual exime de cualquier respaldo institucional a quienes allí laboran.
En esa nación existen más de 60 variedades de gemas de incalculable valor comercial, como la Aguamarina, Circón, Granate, Jade, Turmalina, Zafiro o Rubíes, según estimados del Instituo Nacional de Estudios sobre las Gemas.
Chanthanburi, una localidad al norte de Bangkok, la capital, es el mayor centro para el proceso industrial y comercial de piedras preciosas, pero las ramas del tráfico ilegal llegan sobre todo a Mae Chang, ubicada en la frontera tailandesa con Myanmar y Lao.
Algo de una historia poco conocida
La zona fronteriza entre Tailandia, Myanmar y Lao fue llamada en una época -décadas del 60 y primeros años de la del setenta- el Triángulo de Oro, por donde circulaba una enorme cantidad de droga cuyo destino fundamental resultaba el mercado más extenso de consumidores: Estados Unidos.
Desde las selvas tailandesas salían toneladas de productos elaborados en artesanales laboratorios y uno de los medios de transporte utilizados implicó a personal del ejército estadounidense, entonces enfrascado en la agresión a Vietnam. Testimonios al respecto abundan, entre ellos, la película American Gangster, dirigida por Ridley Scott y protagonizada por Denzell Washington y Russell Crowe, basada en hechos reales sobre el tráfico de heroína.
Desde entonces, las condiciones variaron, el comercio de estupefacientes buscó otros rumbos, pero la zona mencionada continuó como centro de contrabandeo de los más diversos artículos, trata de personas y prostitución. Cifras estimadas calculan que por esos temas se generan más de mil millones de dólares por año, aunque sin precisar el monto que incluye el comercio legal o ilegal de piedras preciosas.
Investigaciones y documentos de Global Financial Integrity, una institución sin fines de lucro en Washington, Estados Unidos, señala que los negocios al respecto se mueven a través de sobornos a las autoridades, robos de funcionarios gubernamentales y complicados manejos para la evasión de impuestos.
Thomas Naylor, autor del libro El bajo mundo de las gemas, menciona a Bangkok como un importante centro para el corte y venta al por mayor de piedras preciosas que tienen como destino final New York, Mumbai, Tel Aviv o Ginebra, entre otras grandes urbes.
Para el simple y explotado minero tailandés no queda mucho por escoger y solo aparece en los medios de comunicación como un portador o vendedor de presuntas piedras preciosas con la figura de Buda u otros símbolos que sirven de llamativo amuleto.
*El autor es jefe de la Redacción de Asia de Prensa Latina.