Sylvia Falcón – cultura peruana

Por Elaine Tavares.

Sylvia Falcón nasceu em Lima, em 1983, mas só visitou os Andes pela primeira vez quando tinha 12 anos. Ia para o pequeno povoado de Huancavelica, na serra central do Peru, visitar o avô. Ela lembra que nunca tinha visto a lua tão perto, como se fosse algo mágico. Desde aí se impregnou das maravilhas da cultura antiga.
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Sylvia Falcón canta sobre a cultura originária do Peru. Foto: Arquivo da Internet.

O pai, desde sempre, lhe ensinara velhas canções em quéchua. O tio tocava huayno e ela cantava, sapateando. O caminho para a música foi natural. Gosta de ostentar um anel de prata, com desenho de meia-lua, para espantar os maus espíritos. Dá pago à montanha, reverencia a Pachamama. Antropóloga de formação, é fascinada com a mitologia andina e canta as coisas do Peru.

Sua voz de soprano mistura sons e ritmos, memória anímica. Os povos antigos sempre foram musicais, cantam para namorar, para semear, para fazer o teto de uma casa, para espantar o mal. Ela canta o tradicional. Não gosta de misturas. Procura usar os instrumentos típicos e deixa que a voz saia, solta e cristalina. Aos 23 anos gravou seu primeiro disco: Killa Lluqsimun. De novo, ali estava, a lua, sua paixão.
Ela canta em quéchua e divulga a cultura originária de seu país. Uma aclla, uma coya, mulher divina do Peru profundo. Ouvi-la é perder-se!

Fonte: IELA.

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