SP: Erika Hilton se elege primeira deputada federal trans; veja outros parlamentares negros eleitos

Outros candidatos – como Douglas Belchior e Tamires Sampaio – não alcançaram o número de votos suficientes para ocupar um lugar na Câmara Federal

Por Caroline Nunes e Nadine Nascimento, para Alma Preta Jornalismo. 

Imagem: Divulgação

Em São Paulo, a candidata Erika Hilton (PSOL) se tornou a primeira mulher negra trans eleita como deputada federal. Ela  aparece como a segunda mais votada do PSOL e entre os 10 primeiros candidatos ao cargo com mais de 255 mil votos.

Em sua trajetória política, Erika Hilton passou pela Assembleia Legislativa de São Paulo (Alesp) e foi a mulher mais bem votada do estado para vereadora em 2020. Ela também presidiu a Comissão de Direitos Humanos e encabeçou a primeira CPI que investigou a violência contra pessoas trans do país. No Twitter, a deputada eleita comemorou a vitória escrevendo “Já dá para dizer: TRAVESTI PRETA ELEITA!”.

Já Orlando Silva foi ministro do Esporte nos governos Lula e Dilma Rousseff e eleito deputado federal em 2014. Na Câmara dos Deputados, foi vice-líder da Presidente Dilma Rousseff entre os anos de 2015 e 2016.

Outros candidatos negros – como Douglas Belchior (PT) e Tamires Sampaio (PT) não foram eleitos ao cargo nesta eleição, mas contabilizaram – juntos – mais de 74 mil votos.

Estaduais

A advogada e co-vereadora Paula Nunes (PSOL-SP), integrante da candidatura coletiva da Bancada Feminista (PSOL), foi eleita para o cargo de deputada estadual no estado de São Paulo. A candidatura conjunta é composta também pela co-vereadora Carol Iara, Simone Nascimento, Mari Souza e Sirlene Maciel. Juntas, as cinco mulheres conquistaram uma vaga na Assembleia Legislativa do estado paulista.

Outra candidatura coletiva eleita para a Alesp foi o Movimento Pretas (PSOL), campanha composta por 7 mulheres negras, encabeçada pela deputada estadual Monica Seixas, que tem o intuito de ratificar a presença de mulheres negras na política e com elas seguir priorizando as pautas e lutas dos grupos vulnerabilizados, e que defende a periferia como centro.

O estado também reelegeu a sambista, compositora e deputada estadual Leci Brandão (PC do B), com mais de 90 mil votos válidos.

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