Só no Rio, bancos extinguem mais de 10% dos postos de trabalho em quatro anos

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Apesar dos lucros bilionários, os bancos continuam demitindo. Apenas na cidade do Rio de Janeiro foram extintas 3.652 vagas entre março de 2012 e março de 2016, reduzindo em 10,7% o número de empregos, passando de 34.122 para 30.470, segundo pesquisa feita pela subseção do Departamento Intersindical de Estatísticas e Estudos Socioeconômicos (Dieese) no Sindicato dos Bancários do Rio. O estudo pode ser encontrado clicando aqui.

Só o Itaú, maior instituição privada do país, já fechou mais de 21 mil postos de trabalho no período. Para a presidenta do Sindicato, Adriana Nalesso, o alto nível de desemprego não se justifica, já que o sistema financeiro é um dos setores mais lucrativos da economia brasileira. “Esta redução drástica mostra que os bancos não têm a mínima responsabilidade social, ao contrário do que afirmam em sua publicidade: agravam o quadro de desemprego e agem com descaso também em relação aos clientes, mesmo com lucros expressivos, já que a redução de pessoal provoca queda na qualidade do atendimento”, argumentou. Por isso mesmo, para a dirigente, a garantia no emprego deve ser uma das principais reivindicações da Campanha Nacional dos Bancários.

Precarização aumenta
As principais causas do aumento do desemprego bancário na cidade do Rio de Janeiro foram o crescimento da precarização da mão de obra, através da intensificação da contratação terceirizada e da criação de mais correspondentes bancários, e a adoção de novas tecnologias. Para Adriana Nalesso, todas estas medidas buscaram atender à ganância dos bancos. A conjuntura econômica desfavorável, especialmente a partir de 2015, foi outra causa apontada pelo Dieese para a extinção de vagas.

Segundo o levantamento, de 2010 a 2012 houve aumento do número de empregos: 957 postos de trabalho. A partir de março de 2013, porém, esta tendência se inverteu. Levando em consideração os sete maiores (Itaú, Bradesco, Santander, Banco do Brasil, Caixa Econômica Federal, BNDES e HSBC), que concentram cerca de 89% da mão de obra nas unidades bancárias cariocas, foram fechados 1.086 postos de trabalho até março de 2015. Este ritmo se intensificou, sendo extintas, entre março de 2015 e março de 2016, mais 1.763 vagas. Para o Dieese, resta saber se, numa eventual retomada da economia e da demanda por crédito, haverá um impacto positivo em termos de criação de postos de trabalho nos bancos, tal qual aconteceu entre 2003 e 2013.

Fonte: Bancários Rio.

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