Por vezes acontece diante do medo, outras pela necessária prudência, ou porque ele, em si, diz muito.
Há, todavia, aquele que lhe é imposto, não desejam que se fale, escreva, pinte, desenhe, dance ou cante.
Existe o silêncio da censura, já que as palavras precisam ser reprimidas, os corpos controlados, os pensamentos anulados e as bocas cerradas.
Os autoritários não suportam o ecoar das liberdades, as expressões das verdades e os apelos de justiça e dignidade.
Se atolam na lama que produzem e responsabilizam os outros, outras, pela própria incompetência, fraqueza ou crueldade.
O silêncio pode ser belo e puro, ou condição dada nos ambientes de desrespeito, inveja, perversidade, ódio e manipulação.
Silenciar apenas para saber ouvir, sentir a beleza dos sons, das poesisas, dos cantos, a harmonia da natureza, os risos, o amor e a paz.
Porto Alegre, RS, 25 de abril de 2023.
Roberto Antônio Liebgott é Missionário do Conselho Indigenista Missionário/CIMI. Formado em Filosofia e Direito.
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